terça-feira, 11 de maio de 2010

PPS de Guarapuava defende “choque de gestão” para combater as drogas

O Psicólogo Dionísio Banazsewski participou em Guarapuava de um encontro sobre Drogas, promovido pelo PPS. Segue abaixo a matéria sobre o encontro.
Fonte: site Cesar Silvestri Filho



Inércia do poder público em relação
ao combate às drogas
preocupa Cesar Silvestri Filho



O crack e demais problemas relacionado às drogas tomaram conta das principais discussões durante o encontro suprapartidário do PPS realizado no sábado, 08, no Atalaia Palace Hotel. A reunião, contou com explanação da presidente da Desafio Jovem Agata de Guarapuava, Sonia Zanelatto e palestra do psicólogo e professor universitário, Dionísio Banaszewski, sobre Crack e drogadição.



Banaszewski enfatizou durante sua fala, que é preciso um “choque de gestão” no combate as drogas. Segundo ele, é necessário que se invista maciçamente em políticas públicas em três níveis: prevenção, combate a usuários iniciantes e recuperação dos viciados.

“Temos que falar muito das drogas, discutir o assunto e implantar políticas públicas que tenham como base o processo de prevenção, iniciando na escola, associada à família e sociedade. Na sequência, temos que ter uma gestão forte para combater o uso intermediário da droga, com orientação adequada e o tratamento efetivo. O terceiro ponto, é a reinserção dessas pessoas na sociedade”, destacou o psicólogo enfatizando que o poder público deve ser o gestor, o órgão que vai colocar as políticas publicas em ação . “Poder público tem que acordar e fazer alguma coisa, por que até agora não está fazendo nada. Existem poucas ações executas e essas são casos isolados”, afirmou.



A visão do psicólogo da política do choque de gestão é compartilhada pelo presidente do PPS de Guarapuava Cesar Silvestri Filho. “Não aceito ver uma cidade onde o poder público não reconhece o problema das drogas. Temos entidades sérias em Guarapuava que desenvolvem um trabalho fabuloso no combate as drogas, mas elas estão sozinhas, não recebem nenhum tipo de apoio do poder público. A prefeitura não é parceira dessas entidades, não se importa com o problema”, enfatizou.



Para Silvestri filho, a questão das drogas precisa ser combatida com uma atuação firme, mas infelizmente, nada está sendo feito na cidade para ajudar os jovens. “O município finge que o problema das drogas não é com ele. É necessário enfrentar o problema, colocar o dedo na feriada e agir, mas infelizmente não é isso que vemos em nossa cidade. Enquanto não é feito nada, uma geração inteira está tendo seu desenvolvimento comprometido por causa das drogas”, complementou.

Além das drogas, Silvestri filho ressaltou que inúmeros outros problemas graves da sociedade estão esquecidos pela prefeitura. “Falamos também da falta de creches, parece outro assunto completamente diferente, mas se formos fazer uma análise podemos ver que tudo está interligado, e nada está sendo feito”, concluiu.



Reunião suprapartidária PPS de Guarapuava

Encontro suprapartidário teve como principal assunto discutido a questão do crack e da drogadição em Guarapuava. Palestrantes: a presidente da Desafio Jovem Agata de Guarapuava, Sonia Zanelatto e o Psicólogo e Professor Universitário, Dionísio Banaszewski

Fonte: site Cesar Silvestri Filho

Drogas: Preocupação real ou promessa de campanha?



Achei muito interessante a propaganda da pré-candidata à Presidência da República mostrando-se solidária aos usuários de crack. É, também, interessante questioná-la sobre a razão pela qual durante os seus anos de Ministra nunca ter movido nada que pudesse contribuir na ajuda e no tratamento e reinserção social destes seres humanos adoecidos pela suas dependências químicas através do uso de crack. Questioná-la sobre qual o orçamento da união para prevenção ao uso de drogas? Qual a efetividade das atuais políticas públicas uma vez que problema é crescente; ou o tema se tornou interessante por ser véspera de eleições? Questioná-la, também, se entre suas propostas e promessas de campanha existe um programa eficaz para combater o tráfico e, mais importante de tudo, ajudar os dependentes químicos? Ou se ela pretende somente passar a mão em suas cabeças, colocando uma venda para o problema sem apresentar soluções concretas.

Em 2004 participei do Fórum Nacional de Políticas sobre Drogas em Brasília/DF. Na abertura do evento me chamou a atenção a mesa de autoridades: esta era composta pelo Presidente da República e sua esposa, o Vice-Presidente, os Ministros da Saúde, Justiça, Forças Armadas e o Secretário Nacional Antidrogas. Dentre todos os presentes, somente o Ministro das Forças Armadas, o General Jorge Felix,  fez um breve pronunciamento burocrático como Presidente do Conselho Nacional Antidrogas. As demais autoridades presentes entraram MUDAS e SAIRAM CALADAS.

É dessa forma que têm sido tratadas as políticas públicas sobre o tema nesse país. Descaso, omissão, falta de comprometimento são apenas alguns dos fatores que movem os nossos governantes quando o assunto é a dependência química. É comum vermos a cada dia a midia nos abastecendo de informações do sofrimento social das pessoas e das familias; o crescente risco à segurança, o crescimento da delinquência e da morte prematura de jovens vitimas desta peste e, principalmente, da omissão dos responsáveis por ações efetivas a curto e médio prazo.

E aí neste momento aparece essa senhora posando de HEROÍNA, é mesmo comovente!!!

Como escrevi na postagem anterior a droga se instalou na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes pedindo socorro. E precisa tudo isso? E as cracolândias das principais cidades ja não são suficientes?  Elas aparecem na midia há mais de 20 anos, e até agora não houve nenhum governante que tivesse resolvido o problema. Sabem muito bem falar do assunto, prometer mudanças, mas depois de eleitos demonstram que o descaso é o mesmo e tudo continua igual.

Tá na hora de mudar, Brasil.

E vamos ao debate!

Abraços,

Psicólogo Dionísio


Ainda sobre o assunto podemos ler na coluna de Augusto Nunes o que segue:

“Em entrevista à emissora de rádio JM, de Uberaba (MG), Dilma Rousseff discutiu as políticas públicas para enfrentar o consumo de uma das drogas que mais atingem os jovens”.


A Pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, consultora da ONU para a política de combate a drogas ilícitas, deu sua receita revolucionária contra o crack, disponível em seu próprio site.

Dilma: “A nossa proposta ela conjuga, eu vou te falá as diretrizes dela. Eu sintetizaria procê em autoridade, carinho e apoio, né? É, é, autoridade, carinho e apoio”

Aos jovens já viciados, ela propõe a política mais ousada de seu programa antidrogas:

Dilma: “Esse ocê tem de impedi que ele entre e ao mesmo tempo aquele que entrou tem de puxá”.

Segue o comentário do autor sobre o episódio: o Impedir que o já viciado entre no vício me parece um pouco contraproducente. Mas a dúvida maior é esta: puxá o quê? Fumo, cadeia? Desconfio que Dilma também não seja craque nesse assunto. E esteja confundindo política de droga com droga de política.