Especialistas apontam
que a época das festas de final de ano é quando mais ocorrem as chamadas
recaídas de dependentes em tratamento
A
proximidade das festas de final de ano põe em alerta dependentes químicos,
familiares e profissionais da saúde que trabalham na orientação e tratamento
contra o uso abusivo de álcool e outras drogas. Confraternizações de empresas,
festas familiares, reuniões de amigos e eventos diversos muitas vezes são o
cenário perfeito para a recaída de dependentes em tratamento, bem como para
situações de risco para potenciais dependentes.
Além disso,
outro fator agravante é o fato de essa ser uma época em que as pessoas costumam
ficar com a sensibilidade à flor da pele, com sentimentos de melancolia,
saudade, arrependimento por algo que as tenha afastado de pessoas importantes.
Como ficam fragilizados pelo sentimento, muitos buscam nas bebidas e drogas o
alívio para a dor da angústia.
“Por tudo
isso, familiares e pessoas próximas de dependentes ou potenciais dependentes –
pessoas que costumam abusar do uso de álcool ou que demonstram comportamento
suspeito do uso de drogas – devem ficar muito alertas. Sintomas como
agressividade, isolamento social e mudanças repentinas de humor são sinais que
devem chamar a atenção”, alerta o psicólogo Dionísio Banaszewski, consultor da
Clínica Quinta do Sol, que trabalha há mais de 25 anos com o tema.
O médico
José Carlos Vasconcelos, diretor clínico da Quinta do Sol, afirma que o cenário
social e os apelos da mídia reforçam esse clima. “Desde a decoração das casas e
das cidades até as propagandas na TV reforçam que as festas de Natal e passagem
de ano são momentos para serem curtidos em harmonia e em família. Por isso,
qualquer conflito familiar pode ser o estopim para crises de identidade e, com
isso, recaídas no uso de bebidas alcoólicas e outras drogas”, diz.
A depender
do tipo e da fase de tratamento que o dependente esteja enfrentando, a Clínica
também adota cuidados especiais na orientação dos pacientes, buscando maior
proximidade, compreensão e alerta. “O tratamento do dependente sempre tem que
considerar que a dependência é uma doença. Porém, nossa conduta jamais pode ser
de “passar a mão na cabeça” do doente ou de tirar dele a responsabilidade pelo
sucesso do tratamento”, explica Dionísio.
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