quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

As drogas e o indivíduo

As drogas existem e acompanham a humanidade desde os primórdios e na mesma proporção desafiam a ciência e os profissionais de saúde quanto ao seu uso, abuso e dependência química. 

Em um mundo competitivo e compulsivo, a humanidade vive e convive nesta sintonia com suas dificuldades e ansiedades favorecendo o surgimento de um vazio existêncial. A própria desagregação do indivíduo, do seu grupo familiar e social torna-o presa fácil para o uso de drogas sejam lícitas ou ilícitas.

Também somos vítimas de um enorme apelo social para o consumo, principalmente na adolescência, o que torna quase que obrigatório o uso de alguma substância psicoativa para integrar-se aos grupos. A mídia contribui, de certa forma, quando apela para comerciais de televisão onde o indivíduo interessante é o que consome álcool, por exemplo.

Costumo dividir em dois grupos: os que usam e abusam e os que desenvolvem dependência química, carecendo de diagnóstico mais preciso e qualificado, diagnóstico este que necessita de uma melhor orientação do indivíduo e de sua familia por profissionais da área.

Este é um problema que aflige grande parte da população atual e que carece de atenção. Não deve-se em nenhum momento negligenciar o fato de que o dependente químico precisa de um acompanhamento e de orientação para que consiga se recuperar. E a família é essencial nesse momento, pois dará a ele subsídio para continuar lutando.

Como psicoterapeuta já participei de vários eventos debatendo e esclarecendo o assunto tais como Conferências Municipais em Londrina e Foz Do Iguaçu, palestras em escolas, universidades, empresas, igrejas, semanas de saúde, treinamentos de profissionais de saúde, entrevistas em rádios, televisões, jornais e outros.

O blog se propõe a ser uma forma de facilitar a informação, tornando-a o mais adequada possível. Através dele,  a interação é oportuna a todos os interessados pelo tema proposto por meio de postagens e questionamentos. E de forma mais direta pode-se esclarecer dúvidas e informações com o profissional.

Participe, contribua, comente.
Sua participação é fundamental para fazermos deste um canal de informação e prevenção. 


E vamos ao debate!
Abraços
Psicólogo Dionísio Banaszewski

2 comentários:

Fernanda disse...

Oi Dionisio, adorei esse espaço. parabéns pela idéia. Vai ser um meio de aproximar e dividir conhecimentos sobre álcool e outras drogas. Debatendo esse assunto na reunião da Setorial nessa quinta feira dia 04/03/10 um dos temas levantados para se levar como tese ao VII CNP foi em relação a Redução de Danos, se possível quero saber mais sobre esse tema em alguma das postagens realizada no blog.
Beijos
Fernanda Costa

Psicólogo Dionísio Banaszewski disse...

Obrigado Fernanda pelo seu comentário. Com relação ao seu questionamento sobre Redução de Danos, trata-se de uma técnica que surgiu na época da grande proliferação da AIDS principalmente através do uso de drogas injetáveis. Nesta ocasião serviços de saúde propuseram distribuir seringas descartáveis a usuários deste tipo de drogas, e para distribuir eram feitos contatos de forma livre de qualquer preconceito. Isso aproximava os usuários e assim ocorriam orientações e muitos destes usuários passavam a usar drogas menos agressivas ou até conseguiam parar. Esta mesma técnica passa a ser usada também entre drogas de destruição mais rápida por destrição mais lenta. Alerto que a redução de danos deve ser um recurso de uso e orientação específica a usuários e dependentes químicos de drogas de alta destruição, tais como cocaína e derivados.
Espero que tenha esclarecido as suas dúvidas. Venha sempre que quiser.
Abraços
Psicólogo Dionísio.