Indivíduos agressivos
tendem a se tornar ainda mais violentos quando ingerem bebidas alcoólicas ou
usam drogas, alertam especialistas
Os índices
crescentes de violência na Região de Curitiba têm posto em alerta autoridades
da segurança pública, da saúde e toda a sociedade. Boa parte dos casos
registrados de assassinatos e acidentes nos últimos meses está ligada ao
tráfico de drogas e ao abuso na ingestão de bebidas alcoólicas. A Região
Metropolitana tem registrado cerca de 130 assassinatos a cada mês, o que
representa um aumento de 12,5% em relação aos números de 2013.
De acordo com o médico José Carlos
Vasconcelos, diretor da Clínica Quinta do Sol, em Curitiba, o álcool e as
drogas têm o poder de provocar no usuário “a liberação da autocensura” que lhe
faz perder a noção do limite, liberando os instintos mais violentos. “É comum a
pessoa alcoolizada querer demonstrar que é ‘valente’”, afirma.
O psicólogo Dionísio Banazsewski,
consultor da Clínica, que atua no tratamento de dependentes químicos há mais de
25 anos, explica que, quando as pessoas estão em ambientes em que a bebida
“rola solta”, é comum até mesmo a competição para ver quem bebe mais. “O
indivíduo tende a querer mostrar para o grupo que é ‘forte’ para a bebida e que
não se altera com a ingestão de álcool”, comenta.
Mas os especialistas alertam que a
bebida alcoólica age diretamente na área motora e emocional do indivíduo. Os reflexos
na área motora potencializam os riscos de acidentes no trânsito, enquanto os da
área emocional, que tiram a autocensura do cidadão, provocam o aumento dos
crimes violentos por motivos banais.
Dionísio Banazsewski questiona as
ações do poder público na prevenção e no combate ao alcoolismo e à dependência
química de maneira geral. Ele afirma que não há medidas eficazes, especialmente
relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas. “Nem mesmo a fiscalização das
leis que já existem, como a da tolerância zero no binômio álcool e direção de
veículos, tem funcionado”. Enquanto o Poder Executivo falha na fiscalização e
punição ostensiva, o Legislativo, segundo ele, também deixa a desejar.
Na visão do especialista, a
construção de políticas preventivas e de tratamento ainda está muito amadora e
teórica. “É preciso adotar um choque de gestão, envolvendo profissionais
competentes para discutir a questão e traçar planos de ação efetivos”,
argumenta o psicólogo.
Sobre a Clínica Quinta do Sol
A Clínica
Quinta do Sol está instalada em Curitiba e há mais de 30 anos se dedica ao
tratamento contra a dependência química e o alcoolismo. A clínica atende a
pacientes de todo o país e conta com profissionais de saúde especializados no
tratamento da drogadição, como médicos, psicólogos e enfermeiros, entre outros.
Além do
tratamento de dependentes, a Clínica mantém grupos de orientação e reflexão
sobre o uso abusivo de álcool e outras drogas, como Alcoólicos Anônimos, Alanon
(para familiares), Alateen (para jovens) e outros.
www.clinicaquintadosol.com.br –
(41) 3267-6969
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