COMO AS EMPRESAS DEVEM ENFRENTAR O PROBLEMA DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA?
Para o enfrentamento, o caminho é a informação. Especialista alerta que os líderes devem encarar com firmeza, compreensão e respeito os casos de dependência
Estimativas em todo o mundo dão conta de que pelo menos 10% das pessoas que estão inseridas no mercado de trabalho enfrentam ou poderão enfrentar problemas com dependência de álcool e outras drogas. No Brasil, os números são ainda mais alarmantes. Apesar de não haver estatísticas oficiais a respeito da questão, estima-se que cerca de 13% dos trabalhadores vivam com o estigma da dependência. Para as empresas, o problema se reflete na queda da produtividade, acidentes de trabalho, rotatividade acentuada e absenteísmo.
De acordo com o psicólogo Dionísio Banaszewski, que trabalha há mais de vinte anos no tratamento de dependentes químicos, pode-se dizer que o problema bate às portas de todas as empresas. “As empresas que não têm diretamente em seus quadros colaboradores dependentes químicos podem ter nos familiares deles. Todos conhecem de perto pessoas que vivem problemas com álcool ou outras drogas”, afirma o psicólogo. E então, como enfrentar esse problema dentro do trabalho?
Segundo o especialista, as empresas devem estar atentas aos sinais emitidos pelos colaboradores, mas sempre com o respaldo de uma visão profissional. “Quando há um profissional destinado a essa função ou uma consultoria especializada, o problema é visto e trabalhado da forma correta”, diz. Ele alerta que ainda há muitos casos de organizações que não atentam para a questão e tentam trabalhar a drogadição de forma apenas entusiástica e heroica. “Palestras ou depoimentos levados em reuniões ou encontros nas empresas são feitos com muito boa vontade, mas é preciso sempre a orientação de um profissional para a abordagem completa da questão”, lembra.
Dionísio argumenta que fazer a correta gestão para a saúde é uma forma de manter a empresa saudável. Muitas vezes é a empresa que deve orientar o colaborador sobre a necessidade de um tratamento. Quando isso ocorre, a organização tem a grande oportunidade de conquistar o real comprometimento do trabalhador. “Quanto mais comprometido com o tratamento, mais envolvido ele também estará com sua atuação profissional”, explica o especialista. “A empresa deve lidar com o problema, mas também com os devidos limites a serem adotados”, destaca Dionísio. “A saúde dá os limites à doença. Somente uma pessoa saudável pode envolver-se adequadamente no trabalho”, conclui.
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