Sinais da dependência química demoram a aparecer no trabalho, mas empresas que atuam diretamente no problema obtêm excelentes resultados, diz especialista
Alterações no comportamento profissional estão entre os últimos sinais de problemas quando um indivíduo está desenvolvendo dependência de drogas ou de bebidas alcoólicas. Mas, segundo o psicólogo Dionísio Banazsewski, que trabalha há mais de 20 anos no combate à dependência química, quando os sintomas começam a chegar ao trabalho, é porque, quase sempre, o problema já está instalado.
É por isso que os líderes das organizações devem estar atentos aos primeiros sinais de problemas com os colaboradores. O sintoma mais evidente de que a dependência de álcool e outras drogasestá se instalando é o absenteísmo – o funcionário começa a faltar ao trabalho. “Num primeiro momento, as faltas são nas sextas-feiras, segundas-feiras, vésperas ou logo após um feriado, e também logo depois de receber os salários. Mas quando o problema se agrava, a pessoa começa a faltar até mesmo no meio da semana, por causa da dependência”, explica Dionísio.
Outro sintoma importante é a distração, que só é percebida quando chega a causar acidentes de trabalho ou queda na produção e na qualidade do serviço. “A perda de atenção é como um ‘devaneio’, que faz com que a pessoa se desligue do que está fazendo. A intoxicação, mesmo depois de passado algum tempo da ingestão de álcool ou outras drogas, provoca perturbação das reações e comportamentos”, diz o psicólogo.
Por outro lado, quando as organizações estão atentas e desenvolvem ações de atenção e prevenção, os índices de sucesso costumam ser altos. “Reconhecer o problema é a melhor forma de tratá-lo e, nas empresas, os resultados são surpreendentes, porque normalmente conseguem maior comprometimento dos envolvidos, que não querem perder seus empregos, porque isso representa sua dignidade”, analisa o especialista. De acordo com Dionísio Banazsewski, os índices de recuperação de um dependente, quando as ações se dão no emprego, chegam a 2/3. “Nos casos tradicionais, a Organização Mundial da Saúde trabalha com índices de recuperação de cerca de apenas 1/3. Portanto, é possível conseguir mais do que o dobro de sucesso quando há o envolvimento da empresa”, afirma.
Para as empresas, reconhecer os problemas das pessoas com álcool e drogas, para poder ajudá-las no tratamento, não é apenas um ato de solidariedade com os funcionários, mas sim uma ação em benefício dela própria. “As empresas perdem com absenteísmo, perdem mais ainda com acidentes de trabalho e, quando chegam a perder as pessoas, precisam investir ainda mais esforços e recursos na contratação e formação de novos talentos”, conclui o psicólogo.
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