Especialista alerta
para a ineficiência das políticas públicas sobre drogas e lembra o papel da
família no enfrentamento à dependência
A drogadição
foi um dos assuntos que mais chamaram a atenção no III Congresso Regional de
Psicologia e XXIIV Semana Acadêmica – Sociedade, Família e Psicologia,
promovido pelo Diretório Acadêmico da Univali, em Itajaí. O tema foi abordado
pelo psicólogo Dionísio Banazsewski, que representou a Clínica Quinta do Sol,
de Curitiba.
O tema da
palestra do psicólogo, que trabalha há mais de 25 anos na orientação e
tratamento contra o uso abusivo de álcool e outras drogas, foi “Drogadição,
Família e Sociedade: Perspectivas de Cuidado”. O especialista alertou para a
ineficiência das políticas públicas com relação ao problema das drogas. Segundo
ele, falta principalmente investimento em prevenção. “Segundo a Organização
Mundial da Saúde, cada real investido em prevenção representa pelo menos cinco
de economia nos tratamentos de saúde. O mesmo se aplica à situação das drogas –
isso se a relação não for ainda maior”, comenta o psicólogo.
Outro ponto
importante destacado pelo especialista foi a importância do envolvimento de
profissionais especializados no tratamento da drogadição. “É preciso adequar os
sistemas de tratamento na busca da melhor metodologia para cada caso. A
qualificação dos profissionais irá melhorar os resultados e diminuir os custos
com tratamentos ineficazes”, explicou.
A família é
ponto importante a ser trabalhado nos casos de dependência química. “A família
é a primeira célula social e uma das que mais sofrem os efeitos do uso abusivo
de drogas”, avalia o especialista. A psicologia costuma tratar a família inteira
nesses casos, porque compreende que a dependência química é uma doença social.
“Dizemos sempre que é a família toda que está doente”, diz.
Mais de 300
pessoas acompanharam a palestra no Congresso, a maioria estudantes de
Psicologia. Dionísio Banazsewski elogiou a organização do evento e lembrou que
estudantes da área têm sido importantes na construção de uma nova forma de se
olhar a dependência química. “Além dos estudantes aqui da Univali, que
organizaram este evento grandioso, tenho conhecido outras iniciativas louváveis
que podem representar uma mudança importante na orientação e tratamento contra
o uso de substâncias psicoativas. É o caso, por exemplo, dos estudantes da
PUCPR, em Curitiba, que fazem parte da Liga da Farmacodependência e têm organizado
eventos importantes para discutir a questão”, concluiu.
Sobre a Quinta do Sol
A Clínica
Quinta do Sol atua há trinta anos na orientação e tratamento contra a
dependência química. A instituição tem sede em Curitiba e promove também
reuniões de acompanhamento e orientação abertas ao público, com grupos de
Alcoólicos Anônimos (AA), Alanon (reuniões de apoio a familiares) e Alateen
(para jovens). Mais informações pelo telefone (41) 3267-6969.
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