Especialistas alertam que a internação é indicada em casos em que o
paciente e seu ambiente não dão conta de lidar com a doença
A dependência química é uma doença
biopsicossocial, e também espiritual, que afeta não apenas o usuário de drogas
e álcool, mas também sua família e as pessoas que convivem com ele. Este
pensamento é o ponto de partida para a compreensão do contexto que envolve a
dependência, segundo o psicólogo Dionísio Banaszewski, que trata há mais de 25
anos da questão. Entendendo isso, é possível perceber que, nos casos de
intoxicações mais agudas e crônicas, em que o paciente não tem condições de
decidir por conta própria e precisa de proteção, a internação é a forma de se
garantir esse cuidado.
Para se entender os casos flagrantes
de quando o paciente precisa dessa atenção, o psicólogo resgata exemplos que
toda a sociedade tem acompanhado. “Veja o caso do jogador Casagrande, que foi
internado pela família e ficou sem contato com os familiares por sete meses, em
tratamento. Hoje ele assume publicamente a doença e tem o apoio dos amigos e
familiares. A abstinência é uma luta diária para o comentarista esportivo”,
conta o especialista. Em contraste, ele lembra a história da cantora Amy
Winehouse: “O pai da cantora relata que, quando ela estava internada, ele ficou
penalizado, acreditou nas promessas de que ela largaria o álcool e as drogas e
não percebeu que tratava-se de manipulação,
um sintoma comum na doença dos usuários de drogas”. O resultado de ambos
também é de conhecimento público: o jogador permanece na luta, mas a cantora
recaiu e não sobreviveu.
Dionísio Banaszewski é parceiro da
Clínica Quinta do Sol, em Curitiba, especializada na orientação e tratamento da
dependência química. A Clínica tem internos de ambos os sexos, de qualquer
idade. O tempo médio de internação é de seis semanas, em que os pacientes têm
atividades em período integral, com equipe multidisciplinar. “Mas o tratamento
não acaba aí. Claro que depende de cada caso, mas, passado o período de
internação, geralmente o paciente permanece ligado à instituição, participando
de grupos de apoio como Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos, Alanon e
Alateen (para familiares e jovens) e voluntariado”, afirma o médico José Carlos
Vasconcelos, diretor clínico da Quinta do Sol. Além disso, a Clínica oferece
também a modalidade de hospital-dia, para acompanhamento dos pacientes que
receberam alta.
De acordo com os especialistas, o
primeiro passo é um bom diagnóstico biopsicossocial, com conhecimento e
profundidade, para saber até que ponto a doença já atingiu o indivíduo. “Na
maioria dos casos, quando surgem os problemas orgânicos e se instala a
dependência física, a situação já está caminhando do moderado para o grave”,
ressalta Vasconcelos.
O psicólogo comenta que a dependência
química é um desafio constante para os profissionais das mais diversas áreas
que tratam a questão, desde os médicos, psicólogos e outros terapeutas e
tratadores. Portanto, há que se ter muita paciência e humildade para poder
ajudar na recuperação dos pacientes. “Há muitos profissionais da área que se
vestem de arrogância e acham que curam sozinhos seus pacientes. Mas se não
houver uma parceria muito solidária entre a família, o paciente e os
terapeutas, não haverá sucesso”, conclui o especialista.
SOBRE A
CLÍNICA QUINTA DO SOL
A Clínica
Quinta do Sol está instalada em Curitiba e há mais de 30 anos se dedica ao
tratamento contra a dependência química e o alcoolismo. A clínica atende a
pacientes de todo o país e conta com profissionais de saúde especializados no
tratamento da drogadição, como médicos, psicólogos e enfermeiros, entre outros.
www.clinicaquintadosol.com.br –
(41) 3267-6969
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