quinta-feira, 11 de setembro de 2014

DEPENDÊNCIA QUÍMICA – quando o caminho é a internação do paciente

Especialistas alertam que a internação é indicada em casos em que o paciente e seu ambiente não dão conta de lidar com a doença
A dependência química é uma doença biopsicossocial, e também espiritual, que afeta não apenas o usuário de drogas e álcool, mas também sua família e as pessoas que convivem com ele. Este pensamento é o ponto de partida para a compreensão do contexto que envolve a dependência, segundo o psicólogo Dionísio Banaszewski, que trata há mais de 25 anos da questão. Entendendo isso, é possível perceber que, nos casos de intoxicações mais agudas e crônicas, em que o paciente não tem condições de decidir por conta própria e precisa de proteção, a internação é a forma de se garantir esse cuidado.
Para se entender os casos flagrantes de quando o paciente precisa dessa atenção, o psicólogo resgata exemplos que toda a sociedade tem acompanhado. “Veja o caso do jogador Casagrande, que foi internado pela família e ficou sem contato com os familiares por sete meses, em tratamento. Hoje ele assume publicamente a doença e tem o apoio dos amigos e familiares. A abstinência é uma luta diária para o comentarista esportivo”, conta o especialista. Em contraste, ele lembra a história da cantora Amy Winehouse: “O pai da cantora relata que, quando ela estava internada, ele ficou penalizado, acreditou nas promessas de que ela largaria o álcool e as drogas e não percebeu que tratava-se de manipulação, um sintoma comum na doença dos usuários de drogas”. O resultado de ambos também é de conhecimento público: o jogador permanece na luta, mas a cantora recaiu e não sobreviveu.
Dionísio Banaszewski é parceiro da Clínica Quinta do Sol, em Curitiba, especializada na orientação e tratamento da dependência química. A Clínica tem internos de ambos os sexos, de qualquer idade. O tempo médio de internação é de seis semanas, em que os pacientes têm atividades em período integral, com equipe multidisciplinar. “Mas o tratamento não acaba aí. Claro que depende de cada caso, mas, passado o período de internação, geralmente o paciente permanece ligado à instituição, participando de grupos de apoio como Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos, Alanon e Alateen (para familiares e jovens) e voluntariado”, afirma o médico José Carlos Vasconcelos, diretor clínico da Quinta do Sol. Além disso, a Clínica oferece também a modalidade de hospital-dia, para acompanhamento dos pacientes que receberam alta.
De acordo com os especialistas, o primeiro passo é um bom diagnóstico biopsicossocial, com conhecimento e profundidade, para saber até que ponto a doença já atingiu o indivíduo. “Na maioria dos casos, quando surgem os problemas orgânicos e se instala a dependência física, a situação já está caminhando do moderado para o grave”, ressalta Vasconcelos.
O psicólogo comenta que a dependência química é um desafio constante para os profissionais das mais diversas áreas que tratam a questão, desde os médicos, psicólogos e outros terapeutas e tratadores. Portanto, há que se ter muita paciência e humildade para poder ajudar na recuperação dos pacientes. “Há muitos profissionais da área que se vestem de arrogância e acham que curam sozinhos seus pacientes. Mas se não houver uma parceria muito solidária entre a família, o paciente e os terapeutas, não haverá sucesso”, conclui o especialista.
SOBRE A CLÍNICA QUINTA DO SOL
A Clínica Quinta do Sol está instalada em Curitiba e há mais de 30 anos se dedica ao tratamento contra a dependência química e o alcoolismo. A clínica atende a pacientes de todo o país e conta com profissionais de saúde especializados no tratamento da drogadição, como médicos, psicólogos e enfermeiros, entre outros.
www.clinicaquintadosol.com.br – (41) 3267-6969

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