Psicólogo alerta que as drogas estão em todas as classes, mas que os governos não atendem quem mais precisa – a periferia
“Dependência química é a doença mais democrática que existe. Pena que as autoridades não agem com a mesma democracia no combate e prevenção.” Com esta declaração, o psicólogo Dionísio Banaszewski, especialista na orientação, prevenção e combate ao uso de drogas, alerta para a importância de uma presença maior do poder público nas políticas de prevenção e combate às drogas, principalmente nos bairros mais pobres das cidades.
As drogas estão cada vez mais presentes em todas as classes sociais. Jovens ricos e pobres, de escolas particulares e públicas, são seduzidos a cada dia pelo tráfico e se envolvem com o uso de drogas lícitas e ilícitas. Mas quem mais sofre os efeitos desse alastramento são os mais pobres, segundo denuncia o especialista. “O sofrimento com as drogas é generalizado: famílias se desestruturam, a violência se espalha... Mas o problema é ainda mais sensível nas populações menos assistidas, porque boa parte das ações preventivas e de orientação não chegam até a periferia”, argumenta.
O especialista denuncia que o poder público, nas suas mais diversas esferas (federal, estaduais e municipais) ainda age muito no combate e pouquíssimo na prevenção ao uso de drogas. “Antes de ser um problema de polícia, as drogas são um problema social e cultural” comenta. “E o que primeiro chega às classes mais desassistidas é a repressão”, analisa. Dionísio defende que a melhor arma para se evitar o uso abusivo de álcool e drogas é a informação.
“Infelizmente, os dois últimos lugares a que chega o dependente químico são a Justiça e o psicólogo, quando deveria ser o contrário”, compara. Quando chega à Justiça, o dependente já cometeu algum tipo de delinquência que o levou às mãos da polícia. Se houvesse um trabalho preventivo, a violência não se instalaria, de acordo com a visão de Dionísio Banazsewski. Da mesma forma, a preparação psicológica deveria ser preventiva e para toda a família. “Infelizmente o que a gente vê são autoridades e profissionais envolvidos na questão falando em recuperação do usuário, sem sequer discutir a questão da prevenção. O trabalho preventivo é o único que pode, de fato, promover uma mudança cultural que leve à redução do problema social das drogas”, conclui o especialista.
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
Política de drogas ilícitas na Alemanha
Em boa parte de estados alemães foram criadas políticas progressistas de drogas, muito mais humanas e respeitosas
A Universidade de Hamburgo promoveu recente curso sobre Tendências Criminológicas Contemporâneas, tendo como coordenador o respeitado criminólogo alemão Sebastian Scheerer. O objetivo deste escrito é apresentar uma síntese da política de drogas daquela cidade-Estado norte alemã.
Até dez anos atrás, tal política era semelhante à brasileira: combate violento ao tráfico, exclusão assistencial aos dependentes e pouquíssimos resultados efetivos na diminuição do consumo. Perceberam, todavia, que enquanto houvesse alguém da classe média ou alta a querer usar droga, haveria quem, normalmente da classe baixa, estivesse disposto a correr o risco de morrer para fornecê-la, em decorrência dos elevados ganhos econômicos que o tráfico propicia. Igualmente, alcançaram que estavam excluindo da proteção do Estado os dependentes, que eram obrigados a viver no submundo, na exclusão e na marginalidade. Além disso, aumentavam os casos de aids e hepatites, doenças que se transmite ao compartilhar seringas. Havia, ainda, preocupação com a exposição da polícia à corrupção, visto que essa tem de trabalhar de modo secreto, infiltrada, gerando amizades e comprometimentos de difícil retorno. Ademais, as ações violentas de lado a lado importavam em inúmeras perdas humanas, sem qualquer resultado concreto e efetivo. Constataram, igualmente, que muitos jovens acorriam às drogas em decorrência da proibição, pois têm uma propensão natural, especialmente na adolescência, à contestação e à transgressão.
Diante desse complexo quadro, em boa parte de estados alemães foram criadas políticas progressistas de drogas, muito mais humanas e respeitosas da dignidade da pessoa, tal qual ocorreu, guardadas algumas diferenças, por outros países europeus, sem alarde ou propaganda, como os casos de Suíça, Holanda, Inglaterra e Portugal. Trata-se de uma mudança radical de enfrentamento. A despeito de não deixarem de criminalizar o tráfico, focam a ação no tratamento ao usuário. Assim, quando a polícia de Hamburgo encontra alguém com droga, há o encaminhamento desse cidadão a um espaço público, que depois de avaliação do caso, por equipe transdisciplinar, passa ele a dispor de um local para consumi-la livremente. Pode ele até receber – do Estado – drogas sintetizadas, como heroína e metadona, sem a exigência de qualquer contrapartida em relação ao seu vício. Caso o paciente queira deixar a dependência, também o Estado lhe presta todo o auxílio, inclusive com internação em clínica médica de desintoxicação, sem qualquer custo.
Trata-se de uma política que está enfrentando de modo mais racional a questão das drogas, sem o apego a falsos moralismos. Essa mudança, a despeito de encontrar resistência em setores mais conservadores, processa em Hamburgo uma grande revolução social, que vem promovendo paulatina diminuição do consumo e efetiva redução do tráfico de drogas, pois não há traficante que consiga competir com o fornecimento da droga pelo Estado; tirou dependentes da rua e os colocou em espaços públicos, com amplo monitoramento de saúde; reduziu os casos de intoxicação, problemas pulmonares e overdose, pois há efetiva atenção do Estado e a droga é pura, quando por esse fornecida; permitiu o retorno de dependentes ao trabalho, a despeito do uso que fazem, que fica estabilizado; vem reduzindo os casos de aids e hepatites, doenças mortais e que sempre estão próximas aos usuários, pois o Estado fornece gratuitamente seringas; vem fazendo com que os adolescentes tenham uma outra visão das drogas, não mais como algo glamouroso, pois as salas são espaços simples; diminuiu os crimes patrimoniais a níveis ínfimos, já que o dependente não mais precisa atacar o patrimônio alheio, nos momentos de crise de abstinência, para conseguir dinheiro; reduziu a violência policial em Hamburgo. Aliás, recente estatística anunciou que no ano de 2010, a polícia de toda a Alemanha desferiu 37 tiros contra alvos humanos, sendo apenas dez letais.
Sabe-se que a importação pura e simples de um padrão de política de um lugar para outro nem sempre propicia os resultados esperados. Todavia, a experiência de Hamburgo demonstra a necessidade de o modelo brasileiro ser repensado. É inadmissível persistir tanta violência, desatenção ao ser humano e falta de inteligência na atual política de drogas ilícitas do Brasil.
Luiz Fernando Tomasi Keppen, mestre em Direito pela UFPR, é juiz de Direito.
Tomei a liberdade de postar essa opinião por acha-la fundamental em nossas discussões e levanto alguns questionamentos:
Qual a nossa realidade comparada à Alemanha?
Que passos temos que dar para implantarmos algo semelhante?
Tendo a nossa realidade cultural, latina programas como esse seriam possíveis?
O nosso Governo esta apto a esse nível?
Fica o desafio para debatermos!!!
A Universidade de Hamburgo promoveu recente curso sobre Tendências Criminológicas Contemporâneas, tendo como coordenador o respeitado criminólogo alemão Sebastian Scheerer. O objetivo deste escrito é apresentar uma síntese da política de drogas daquela cidade-Estado norte alemã.
Até dez anos atrás, tal política era semelhante à brasileira: combate violento ao tráfico, exclusão assistencial aos dependentes e pouquíssimos resultados efetivos na diminuição do consumo. Perceberam, todavia, que enquanto houvesse alguém da classe média ou alta a querer usar droga, haveria quem, normalmente da classe baixa, estivesse disposto a correr o risco de morrer para fornecê-la, em decorrência dos elevados ganhos econômicos que o tráfico propicia. Igualmente, alcançaram que estavam excluindo da proteção do Estado os dependentes, que eram obrigados a viver no submundo, na exclusão e na marginalidade. Além disso, aumentavam os casos de aids e hepatites, doenças que se transmite ao compartilhar seringas. Havia, ainda, preocupação com a exposição da polícia à corrupção, visto que essa tem de trabalhar de modo secreto, infiltrada, gerando amizades e comprometimentos de difícil retorno. Ademais, as ações violentas de lado a lado importavam em inúmeras perdas humanas, sem qualquer resultado concreto e efetivo. Constataram, igualmente, que muitos jovens acorriam às drogas em decorrência da proibição, pois têm uma propensão natural, especialmente na adolescência, à contestação e à transgressão.
Diante desse complexo quadro, em boa parte de estados alemães foram criadas políticas progressistas de drogas, muito mais humanas e respeitosas da dignidade da pessoa, tal qual ocorreu, guardadas algumas diferenças, por outros países europeus, sem alarde ou propaganda, como os casos de Suíça, Holanda, Inglaterra e Portugal. Trata-se de uma mudança radical de enfrentamento. A despeito de não deixarem de criminalizar o tráfico, focam a ação no tratamento ao usuário. Assim, quando a polícia de Hamburgo encontra alguém com droga, há o encaminhamento desse cidadão a um espaço público, que depois de avaliação do caso, por equipe transdisciplinar, passa ele a dispor de um local para consumi-la livremente. Pode ele até receber – do Estado – drogas sintetizadas, como heroína e metadona, sem a exigência de qualquer contrapartida em relação ao seu vício. Caso o paciente queira deixar a dependência, também o Estado lhe presta todo o auxílio, inclusive com internação em clínica médica de desintoxicação, sem qualquer custo.
Trata-se de uma política que está enfrentando de modo mais racional a questão das drogas, sem o apego a falsos moralismos. Essa mudança, a despeito de encontrar resistência em setores mais conservadores, processa em Hamburgo uma grande revolução social, que vem promovendo paulatina diminuição do consumo e efetiva redução do tráfico de drogas, pois não há traficante que consiga competir com o fornecimento da droga pelo Estado; tirou dependentes da rua e os colocou em espaços públicos, com amplo monitoramento de saúde; reduziu os casos de intoxicação, problemas pulmonares e overdose, pois há efetiva atenção do Estado e a droga é pura, quando por esse fornecida; permitiu o retorno de dependentes ao trabalho, a despeito do uso que fazem, que fica estabilizado; vem reduzindo os casos de aids e hepatites, doenças mortais e que sempre estão próximas aos usuários, pois o Estado fornece gratuitamente seringas; vem fazendo com que os adolescentes tenham uma outra visão das drogas, não mais como algo glamouroso, pois as salas são espaços simples; diminuiu os crimes patrimoniais a níveis ínfimos, já que o dependente não mais precisa atacar o patrimônio alheio, nos momentos de crise de abstinência, para conseguir dinheiro; reduziu a violência policial em Hamburgo. Aliás, recente estatística anunciou que no ano de 2010, a polícia de toda a Alemanha desferiu 37 tiros contra alvos humanos, sendo apenas dez letais.
Sabe-se que a importação pura e simples de um padrão de política de um lugar para outro nem sempre propicia os resultados esperados. Todavia, a experiência de Hamburgo demonstra a necessidade de o modelo brasileiro ser repensado. É inadmissível persistir tanta violência, desatenção ao ser humano e falta de inteligência na atual política de drogas ilícitas do Brasil.
Luiz Fernando Tomasi Keppen, mestre em Direito pela UFPR, é juiz de Direito.
Tomei a liberdade de postar essa opinião por acha-la fundamental em nossas discussões e levanto alguns questionamentos:
Qual a nossa realidade comparada à Alemanha?
Que passos temos que dar para implantarmos algo semelhante?
Tendo a nossa realidade cultural, latina programas como esse seriam possíveis?
O nosso Governo esta apto a esse nível?
Fica o desafio para debatermos!!!
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
DECISÃO DO STF CONFIRMA QUE DIRIGIR BÊBADO É CRIME, MESMO QUANDO O CONDUTOR NÃO PROVOCA ACIDENTES
Especialista no combate ao uso de drogas afirma que a decisão do STF deve servir de alerta para se trabalhar a prevenção ao uso de álcool
A decisão do Supremo Tribunal Federal de negar habeas-corpus a um motorista da cidade de Araxá-MG, que foi flagrado dirigindo alcoolizado, está repercutindo em todo... o país. O motorista não causou acidentes, mas foi pego em uma fiscalização e denunciado por dirigir embriagado. A Defensoria Pública da União impetrou habeas corpus em favor do denunciado, mas o pedido foi negado pelo STF. O ponto alto da decisão, de acordo com o psicólogo Dionísio Banaszewski, especialista na orientação, tratamento e combate ao uso de drogas, é o fato de que, por si só, ela alerta para o fato de que dirigir sob efeito de bebida alcoólica é um crime, mesmo quando o motorista não se envolve em acidentes.
Criminalizar a combinação álcool-direção é imperioso, segundo o especialista, porque chama a atenção de toda a sociedade para os riscos de se dirigir alcoolizado. “Não se pode afrouxar em relação a isso. Questionar essa perigosa combinação só quando há acidentes seria uma forma de tolerância inaceitável”, afirma Dionísio. O psicólogo lembra ainda que a decisão do STF deve ser interpretada também como uma chamada a toda a sociedade para a importância da prevenção. “É preciso investir mais em prevenção ao uso abusivo do álcool. É uma questão de mudança cultural que deve vir com um choque de informação: as pessoas precisam entender, de uma vez por todas, o risco que é dirigir sob efeito das bebidas”, argumenta.
O especialista defende que esse trabalho de prevenção deve ter envolvimento de todos os setores da sociedade, a partir da primeira escola. “A escola deve trabalhar a questão desde o ensino fundamental. As instituições sociais, igrejas, empresas... todos devem discutir de forma franca e transparente o problema do álcool e das outras drogas”, diz. E essa discussão profunda, segundo a visão do psicólogo, deve ser feita a partir de informações relevantes. “A informação é a maior arma contra o problema do álcool e das outras drogas. Mas é importante que as discussões tenham orientação de especialistas. Vemos muita gente bem intencionada, mas sem saber ao certo como agir contra o problema”, orienta.
A base para o avanço na conscientização está na educação, segundo o especialista. “Basta olharmos a divulgação do ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) entre os países da América do Sul para percebermos que o combate a esses problemas sociais está entre os primeiros passos para o desenvolvimento. O Chile, primeiro colocado no ranking, vem combatendo o alcoolismo e a drogadição há muitos anos e já registrou avanços importantes. O Brasil está na sétima posição, atrás de Chile, Argentina, Uruguai, Venezuela, Peru e Equador”, conclui.
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A decisão do Supremo Tribunal Federal de negar habeas-corpus a um motorista da cidade de Araxá-MG, que foi flagrado dirigindo alcoolizado, está repercutindo em todo... o país. O motorista não causou acidentes, mas foi pego em uma fiscalização e denunciado por dirigir embriagado. A Defensoria Pública da União impetrou habeas corpus em favor do denunciado, mas o pedido foi negado pelo STF. O ponto alto da decisão, de acordo com o psicólogo Dionísio Banaszewski, especialista na orientação, tratamento e combate ao uso de drogas, é o fato de que, por si só, ela alerta para o fato de que dirigir sob efeito de bebida alcoólica é um crime, mesmo quando o motorista não se envolve em acidentes.
Criminalizar a combinação álcool-direção é imperioso, segundo o especialista, porque chama a atenção de toda a sociedade para os riscos de se dirigir alcoolizado. “Não se pode afrouxar em relação a isso. Questionar essa perigosa combinação só quando há acidentes seria uma forma de tolerância inaceitável”, afirma Dionísio. O psicólogo lembra ainda que a decisão do STF deve ser interpretada também como uma chamada a toda a sociedade para a importância da prevenção. “É preciso investir mais em prevenção ao uso abusivo do álcool. É uma questão de mudança cultural que deve vir com um choque de informação: as pessoas precisam entender, de uma vez por todas, o risco que é dirigir sob efeito das bebidas”, argumenta.
O especialista defende que esse trabalho de prevenção deve ter envolvimento de todos os setores da sociedade, a partir da primeira escola. “A escola deve trabalhar a questão desde o ensino fundamental. As instituições sociais, igrejas, empresas... todos devem discutir de forma franca e transparente o problema do álcool e das outras drogas”, diz. E essa discussão profunda, segundo a visão do psicólogo, deve ser feita a partir de informações relevantes. “A informação é a maior arma contra o problema do álcool e das outras drogas. Mas é importante que as discussões tenham orientação de especialistas. Vemos muita gente bem intencionada, mas sem saber ao certo como agir contra o problema”, orienta.
A base para o avanço na conscientização está na educação, segundo o especialista. “Basta olharmos a divulgação do ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) entre os países da América do Sul para percebermos que o combate a esses problemas sociais está entre os primeiros passos para o desenvolvimento. O Chile, primeiro colocado no ranking, vem combatendo o alcoolismo e a drogadição há muitos anos e já registrou avanços importantes. O Brasil está na sétima posição, atrás de Chile, Argentina, Uruguai, Venezuela, Peru e Equador”, conclui.
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011
USO ABUSIVO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS DEVE SER ENCARADO COMO CASO DE SAÚDE PÚBLICA
.Psicólogo especialista no tratamento e orientação sobre consumo de drogas e álcool alerta que os efeitos sociais das bebidas são muito maiores do que se percebe
Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que o uso nocivo do álcool causa cerca de 2,5 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Dessas mortes, mais de 320 mil são de jovens entre 15 e 29 anos. A bebida alcoólica é responsável direta por 3,8% de todas as mortes registradas no mundo e por 4,5% dos casos de incapacitação. Nas Américas, e notadamente na América do Sul, o problema é ainda mais visível: o consumo de álcool é o principal fator de risco que contribui para morte prematura e incapacitação. A bebida alcoólica causa aproximadamente 9% das mortes nas Américas, enquanto o fumo causa cerca de 6%, a obesidade 5% e a hipertensão 4%.
Segundo o psicólogo Dionísio Banaszewski, que há mais de vinte anos se dedica ao estudo, orientação e tratamento de usuários de drogas e álcool e seus familiares, afirma que os efeitos das bebidas alcoólicas são muito maiores do que se pode perceber à primeira vista. “Se analisarmos todos nos números de mortes no trânsito, em brigas, bares, discussões familiares... vamos perceber que boa parte delas tem como ponto de partida o consumo exagerado de álcool”, argumenta. “E, em grande parte, isso acontece pelo fato de o álcool ser aceito socialmente. Os jovens, por exemplo, são levados a beber até por autoafirmação, como forma de se engajar e ser aceito no grupo. Como todos bebem, ele se sente forçado a beber também”, comenta Dionísio.
O especialista afirma que o consumo desmedido de álcool está no rol do que se chama “peste emocional” – para se pertencer a um determinado grupo, o indivíduo adota comportamentos típicos dessa “tribo”. O mesmo se pode dizer da busca exagerada pela beleza, pela magreza, o consumismo e outros comportamentos típicos da contemporaneidade.
A pesquisa desenvolvida pelo Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas, Obid, em 2005, aponta que 74,6% das pessoas afirmam já ter consumido bebida alcoólica no Brasil. Segundo o psicólogo, aproximadamente 1/3 dos consumidores começam a apresentar problemas derivados do consumo. Esses problemas tendem a se agravar, levando à dependência em aproximadamente 12% dos casos. Dionísio cita o estudo da pesquisadora Jandira Mazur, que afirma que um grande problema é perceber quando se passa de um grau a outro, ou seja, dos problemas do álcool à dependência da bebida.
A informação para a prevenção é o melhor caminho para se evitar os problemas sociais do consumo exagerado do álcool. Dionísio Banaszewski lembra que a prevenção deve começar em casa, por exemplo com os pais retardando a possibilidade de acesso dos filhos à bebida alcoólica. “Ao invés de incentivarem os filhos a beber, os pais deveriam dificultar o acesso à bebida, não esperando que isso venha apenas de políticas públicas”, conclui.
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Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que o uso nocivo do álcool causa cerca de 2,5 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Dessas mortes, mais de 320 mil são de jovens entre 15 e 29 anos. A bebida alcoólica é responsável direta por 3,8% de todas as mortes registradas no mundo e por 4,5% dos casos de incapacitação. Nas Américas, e notadamente na América do Sul, o problema é ainda mais visível: o consumo de álcool é o principal fator de risco que contribui para morte prematura e incapacitação. A bebida alcoólica causa aproximadamente 9% das mortes nas Américas, enquanto o fumo causa cerca de 6%, a obesidade 5% e a hipertensão 4%.
Segundo o psicólogo Dionísio Banaszewski, que há mais de vinte anos se dedica ao estudo, orientação e tratamento de usuários de drogas e álcool e seus familiares, afirma que os efeitos das bebidas alcoólicas são muito maiores do que se pode perceber à primeira vista. “Se analisarmos todos nos números de mortes no trânsito, em brigas, bares, discussões familiares... vamos perceber que boa parte delas tem como ponto de partida o consumo exagerado de álcool”, argumenta. “E, em grande parte, isso acontece pelo fato de o álcool ser aceito socialmente. Os jovens, por exemplo, são levados a beber até por autoafirmação, como forma de se engajar e ser aceito no grupo. Como todos bebem, ele se sente forçado a beber também”, comenta Dionísio.
O especialista afirma que o consumo desmedido de álcool está no rol do que se chama “peste emocional” – para se pertencer a um determinado grupo, o indivíduo adota comportamentos típicos dessa “tribo”. O mesmo se pode dizer da busca exagerada pela beleza, pela magreza, o consumismo e outros comportamentos típicos da contemporaneidade.
A pesquisa desenvolvida pelo Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas, Obid, em 2005, aponta que 74,6% das pessoas afirmam já ter consumido bebida alcoólica no Brasil. Segundo o psicólogo, aproximadamente 1/3 dos consumidores começam a apresentar problemas derivados do consumo. Esses problemas tendem a se agravar, levando à dependência em aproximadamente 12% dos casos. Dionísio cita o estudo da pesquisadora Jandira Mazur, que afirma que um grande problema é perceber quando se passa de um grau a outro, ou seja, dos problemas do álcool à dependência da bebida.
A informação para a prevenção é o melhor caminho para se evitar os problemas sociais do consumo exagerado do álcool. Dionísio Banaszewski lembra que a prevenção deve começar em casa, por exemplo com os pais retardando a possibilidade de acesso dos filhos à bebida alcoólica. “Ao invés de incentivarem os filhos a beber, os pais deveriam dificultar o acesso à bebida, não esperando que isso venha apenas de políticas públicas”, conclui.
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MAIS DA METADE DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO SÃO CAUSADOS PELA INGESTÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS
Psicólogo que trabalha com prevenção, orientação e tratamento de dependentes químicos alerta que o álcool é um dos mais graves problemas sociais
Você sabe o que é “binge drinking” ou “beber em binge”? É o termo utilizado para se referir às pessoas que não têm o hábito de beber, mas que, esporadicamente, bebem em grande quantidade. De acordo com o psicólogo Dionísio Banaszewski, especialista em trabalhos de prevenção, orientação e tratamento de dependentes químicos, essas situações são responsáveis por grande parte dos acidentes de trânsito registrados em todo o país. Estima-se que, nos finais de semana, pelo menos 400 pessoas morram em acidentes de trânsito no Brasil. Cerca de 60% dessas mortes no trânsito são causadas por imprudência devida ao consumo de bebidas alcoólicas.
Para se reduzir esses números, segundo o especialista, é preciso se investir em orientação e informação. Em 2003, quando presidiu o Conselho Regional de Psicologia do Paraná, Dionísio promoveu uma parceria entre o CRP-PR e varas de delito de trânsito para levar orientação a pessoas que estavam sendo julgadas por crimes de trânsito. Em quase a totalidade dos casos analisados, foi constatado que havia consumo de bebidas alcoólicas. Pela relevância do trabalho desenvolvido, o CRP-PR foi condecorado com menção honrosa no Prêmio Volvo de Segurança no Trânsito.
“Quando se leva informação às pessoas, o comportamento muda”, garante o psicólogo. Dionísio Banaszewski critica a impunidade em relação aos crimes de trânsito no Brasil. Na maioria das vezes, os causadores de acidentes pagam fianças e permanecem em liberdade. Mesmo nos casos de maior visibilidade, em que a sociedade toma conhecimento e manifesta indignação, as histórias raramente terminam em punição exemplar, como prisão dos criminosos, por exemplo. “É preciso fazer uma soma de trabalhos nas mais diferentes frentes, desde a prevenção até a punição. Defendo a educação continuada, que envolve orientação, fiscalização e punição nos casos de crimes”, afirma. Um exemplo da indignação do especialista é o fato de a lei permitir que os motoristas se neguem a fazer o exame do bafômetro. “Quem não deve não teme. O bafômetro pode ser uma defesa para quem não ingeriu bebidas alcoólicas, uma prova a seu favor. Por outro lado, não fazer o exame deveria ser visto como presunção de culpa”, argumenta, defendendo mudanças na lei. “Está mais do que na hora de nossos legisladores pensarem nisso”, alfineta.
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Você sabe o que é “binge drinking” ou “beber em binge”? É o termo utilizado para se referir às pessoas que não têm o hábito de beber, mas que, esporadicamente, bebem em grande quantidade. De acordo com o psicólogo Dionísio Banaszewski, especialista em trabalhos de prevenção, orientação e tratamento de dependentes químicos, essas situações são responsáveis por grande parte dos acidentes de trânsito registrados em todo o país. Estima-se que, nos finais de semana, pelo menos 400 pessoas morram em acidentes de trânsito no Brasil. Cerca de 60% dessas mortes no trânsito são causadas por imprudência devida ao consumo de bebidas alcoólicas.
Para se reduzir esses números, segundo o especialista, é preciso se investir em orientação e informação. Em 2003, quando presidiu o Conselho Regional de Psicologia do Paraná, Dionísio promoveu uma parceria entre o CRP-PR e varas de delito de trânsito para levar orientação a pessoas que estavam sendo julgadas por crimes de trânsito. Em quase a totalidade dos casos analisados, foi constatado que havia consumo de bebidas alcoólicas. Pela relevância do trabalho desenvolvido, o CRP-PR foi condecorado com menção honrosa no Prêmio Volvo de Segurança no Trânsito.
“Quando se leva informação às pessoas, o comportamento muda”, garante o psicólogo. Dionísio Banaszewski critica a impunidade em relação aos crimes de trânsito no Brasil. Na maioria das vezes, os causadores de acidentes pagam fianças e permanecem em liberdade. Mesmo nos casos de maior visibilidade, em que a sociedade toma conhecimento e manifesta indignação, as histórias raramente terminam em punição exemplar, como prisão dos criminosos, por exemplo. “É preciso fazer uma soma de trabalhos nas mais diferentes frentes, desde a prevenção até a punição. Defendo a educação continuada, que envolve orientação, fiscalização e punição nos casos de crimes”, afirma. Um exemplo da indignação do especialista é o fato de a lei permitir que os motoristas se neguem a fazer o exame do bafômetro. “Quem não deve não teme. O bafômetro pode ser uma defesa para quem não ingeriu bebidas alcoólicas, uma prova a seu favor. Por outro lado, não fazer o exame deveria ser visto como presunção de culpa”, argumenta, defendendo mudanças na lei. “Está mais do que na hora de nossos legisladores pensarem nisso”, alfineta.
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Prevenção contra as Drogas deve começar na Escola
Psicólogo defende a adoção de programas educacionais de prevenção às drogas desde o ensino fundamental
Uma das maiores falhas no combate ao alcoolismo e ao uso de drogas ilícitas está na falta de investimentos na prevenção. De acordo com o psicólogo Dionísio Banaszewski, especialista no combate à drogadição, famílias e escolas devem apostar desde cedo na informação como a principal arma contra as drogas. “Assim como na saúde geral, tudo o que é investido em prevenção contra o uso de drogas pode ser economizado no tratamento. Acredita-se que os investimentos em prevenção podem reduzir em pelo menos cinco vezes o que se gasta em tratamentos – que muitas vezes não alcançam sucesso”, salienta o especialista.
A escola pode ter papel fundamental nessa questão. As pessoas ainda têm no seu imaginário a ideia do traficante na porta da escola, seduzindo crianças. Essa é uma imagem ultrapassada, segundo o psicólogo, porque hoje o caminho é o da curiosidade, que faz com que, muitas vezes, as próprias crianças procurem experimentar bebidas e drogas – e o acesso é facilitado. Por isso, se as escolas investirem em informação para a prevenção, podem driblar a curiosidade dos estudantes desde cedo. Outro aspecto importante é que, quando a escola está atenta ao problema, os casos de uso de drogas são mais facilmente descobertos, estudados e tratados, antes que tomem proporções mais preocupantes, explica Dionísio.
Trabalho profissional
Para que o trabalho contra as drogas seja efetivo nas escolas, Dionísio Banaszewski defende que as instituições adotem programas específicos, com profissionais habilitados, ao invés de apenas sobrecarregarem mais os professores. “O professor, nesses casos, é um coadjuvante importante para fortalecer o combate, mas não pode ser responsabilizado pelo desenvolvimento de ações como palestras a apresentações de conteúdos de combate ao uso de álcool e drogas”, comenta.
Levar palestras esporádicas, contando experiências ou histórias de cunho meramente emocional, pode sensibilizar algumas pessoas, mas não chega a ser efetivo para a prevenção, de acordo com o psicólogo. Mas quando a escola adota programas continuados e abrangentes, atingindo todo o corpo funcional, desde os colaboradores até professores e estudantes, os resultados são mais significativos, garante o especialista.
O psicólogo orienta profissionais que têm trabalhado em instituições de ensino, como universidades e escolas, promovendo ações de prevenção contra o uso abusivo de bebidas alcoólicas e drogas. No Colégio São José, na cidade de Porto União (SC), por exemplo, o programa continuado de combate ao uso de drogas já dura mais de cinco anos. Nesse período, foi possível ver mudanças comportamentais na comunidade, como, por exemplo, festas de debutantes sem bebidas alcoólicas. Os poucos problemas que surgiram no período foram diagnosticados e tratados rapidamente. “E o mais interessante é que, nos poucos casos que surgiram, os próprios estudantes buscaram ajuda, porque sabiam dos riscos a que estavam expostos”, comenta o psicólogo.
Uma pesquisa apresentada na Conferência Municipal de Saúde de União da Vitória (PR), município “gêmeo” de Porto União, em 2005, mostrou que a iniciação ao uso de bebidas alcoólicas chegou a atingir 98,6% em alunas do ensino médio de escolas particulares da região. Esses índices caíram para 54%, de acordo com pesquisa realizada em 2009, especificamente dentro do Colégio São José. Com base nesses números, Dionísio salienta a importância dos trabalhos de prevenção. “Está mais que comprovado que a prevenção é muito mais efetiva até mesmo que o tratamento. Infelizmente os tratamentos contra as drogas têm índice de sucesso de apenas 33%, sempre correndo o risco de recaídas. Já na prevenção, cuida-se do problema antes que ele se instale”, conclui o psicólogo.
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Uma das maiores falhas no combate ao alcoolismo e ao uso de drogas ilícitas está na falta de investimentos na prevenção. De acordo com o psicólogo Dionísio Banaszewski, especialista no combate à drogadição, famílias e escolas devem apostar desde cedo na informação como a principal arma contra as drogas. “Assim como na saúde geral, tudo o que é investido em prevenção contra o uso de drogas pode ser economizado no tratamento. Acredita-se que os investimentos em prevenção podem reduzir em pelo menos cinco vezes o que se gasta em tratamentos – que muitas vezes não alcançam sucesso”, salienta o especialista.
A escola pode ter papel fundamental nessa questão. As pessoas ainda têm no seu imaginário a ideia do traficante na porta da escola, seduzindo crianças. Essa é uma imagem ultrapassada, segundo o psicólogo, porque hoje o caminho é o da curiosidade, que faz com que, muitas vezes, as próprias crianças procurem experimentar bebidas e drogas – e o acesso é facilitado. Por isso, se as escolas investirem em informação para a prevenção, podem driblar a curiosidade dos estudantes desde cedo. Outro aspecto importante é que, quando a escola está atenta ao problema, os casos de uso de drogas são mais facilmente descobertos, estudados e tratados, antes que tomem proporções mais preocupantes, explica Dionísio.
Trabalho profissional
Para que o trabalho contra as drogas seja efetivo nas escolas, Dionísio Banaszewski defende que as instituições adotem programas específicos, com profissionais habilitados, ao invés de apenas sobrecarregarem mais os professores. “O professor, nesses casos, é um coadjuvante importante para fortalecer o combate, mas não pode ser responsabilizado pelo desenvolvimento de ações como palestras a apresentações de conteúdos de combate ao uso de álcool e drogas”, comenta.
Levar palestras esporádicas, contando experiências ou histórias de cunho meramente emocional, pode sensibilizar algumas pessoas, mas não chega a ser efetivo para a prevenção, de acordo com o psicólogo. Mas quando a escola adota programas continuados e abrangentes, atingindo todo o corpo funcional, desde os colaboradores até professores e estudantes, os resultados são mais significativos, garante o especialista.
O psicólogo orienta profissionais que têm trabalhado em instituições de ensino, como universidades e escolas, promovendo ações de prevenção contra o uso abusivo de bebidas alcoólicas e drogas. No Colégio São José, na cidade de Porto União (SC), por exemplo, o programa continuado de combate ao uso de drogas já dura mais de cinco anos. Nesse período, foi possível ver mudanças comportamentais na comunidade, como, por exemplo, festas de debutantes sem bebidas alcoólicas. Os poucos problemas que surgiram no período foram diagnosticados e tratados rapidamente. “E o mais interessante é que, nos poucos casos que surgiram, os próprios estudantes buscaram ajuda, porque sabiam dos riscos a que estavam expostos”, comenta o psicólogo.
Uma pesquisa apresentada na Conferência Municipal de Saúde de União da Vitória (PR), município “gêmeo” de Porto União, em 2005, mostrou que a iniciação ao uso de bebidas alcoólicas chegou a atingir 98,6% em alunas do ensino médio de escolas particulares da região. Esses índices caíram para 54%, de acordo com pesquisa realizada em 2009, especificamente dentro do Colégio São José. Com base nesses números, Dionísio salienta a importância dos trabalhos de prevenção. “Está mais que comprovado que a prevenção é muito mais efetiva até mesmo que o tratamento. Infelizmente os tratamentos contra as drogas têm índice de sucesso de apenas 33%, sempre correndo o risco de recaídas. Já na prevenção, cuida-se do problema antes que ele se instale”, conclui o psicólogo.
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PROIBIÇÃO DE VENDA DE BEBIDAS A MENORES DEVE INCLUIR MUDANÇA CULTURAL
Psicólogo lembra que é preciso cobrar firmeza das autoridades, mas também atuar junto a organizações, escolas e principalmente as famílias
Vender bebidas alcoólicas a menores de idade é proibido, mas a pesquisa do Ibope publicada nesta semana mostra que adolescentes não têm a menor dificuldade em comprar e consumir bebidas em locais públicos. Quase metade dos jovens (49%) relata que é levada a beber por influência dos amigos, e a família aparece como segunda maior responsável. Para combater o problema, é necessário envolver instituições de trabalho, religiosas, sociais e a própria família. Esta é a linha de pensamento defendida pelo psicólogo Dionísio Banaszewski, que trabalha há mais de 20 anos no combate à dependência química. “Sem o envolvimento de toda a sociedade, não será possível encarar o problema”, salienta o especialista.
O fato de a bebida alcóolica ser muito aceita socialmente é um dos problemas que levam ao alcoolismo, segundo o psicólogo. Não é de hoje que se sabe que o consumo de álcool não deve ser facultado a crianças e jovens. O psicólogo Dionísio lembra que, 500 anos Antes de Cristo, o filósofo Platão já alertava para os riscos do consumo precoce de bebidas.
O especialista alerta que a mudança de comportamento precisa começar na família, que deve evitar a iniciação ao consumo pelos jovens. De acordo com o psicólogo, falta também fiscalização para que, de fato, os jovens não tenham acesso ao álcool. “Não é difícil fiscalizar. Diversos países, inclusive o nosso vizinho Chile, conseguiram grandes avanços a partir da fiscalização rigorosa”, explica. “O Estado não pode ser omisso como tem sido. O problema não está sendo tratado como deveria. Não há regras rígidas, como horários de veiculação de propagandas”, exemplifica o psicólogo.
Dionísio defende que as propagandas não tenham apelo voltado a questões como virilidade, conquistas sexuais, sensualidade, pois a ligação desses temas é um incentivo subliminar ao consumo. “A ideia do consumo de bebidas é ligada à imagem de sucesso e popularidade, como se os consumidores pudessem se transformar em pessoas mais viris e de maior sucesso a partir do consumo”, critica.
Uma das situações em que os governos deveriam agir de maneira mais firme, segundo o especialista, é em relação ao consumo de bebidas alcoólicas em postos de combustíveis. “Os postos se tornaram pontos de encontro de pessoas que vão ali para beber, inclusive muitos dirigindo automóveis. Mesmo com a lei que proíbe o consumo de bebidas dentro dos postos, a situação continua preocupante. Há placas de alerta falando da proibição, mas, mesmo assim, o consumo rola solto na maioria dos estabelecimentos - inclusive por menores - pois não há fiscalização”, aponta o psicólogo. A lei, segundo Dionísio, deveria responsabilizar os donos dos estabelecimentos, como já acontece na Austrália, por exemplo.
O psicólogo defende o que chama de “choque de gestão” que envolva a sociedade com seus organismos públicos e privados. “Somente com a ampla discussão e análise do tema é poderemos ter resultados a médio e longo prazos. Não adianta o Estado combater apenas as drogas ilícitas e mais letais, sendo que o problema se inicia, via de regra, em rodas sociais e até dentro de casa, quase sempre pelo álcool”, afirma.
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Vender bebidas alcoólicas a menores de idade é proibido, mas a pesquisa do Ibope publicada nesta semana mostra que adolescentes não têm a menor dificuldade em comprar e consumir bebidas em locais públicos. Quase metade dos jovens (49%) relata que é levada a beber por influência dos amigos, e a família aparece como segunda maior responsável. Para combater o problema, é necessário envolver instituições de trabalho, religiosas, sociais e a própria família. Esta é a linha de pensamento defendida pelo psicólogo Dionísio Banaszewski, que trabalha há mais de 20 anos no combate à dependência química. “Sem o envolvimento de toda a sociedade, não será possível encarar o problema”, salienta o especialista.
O fato de a bebida alcóolica ser muito aceita socialmente é um dos problemas que levam ao alcoolismo, segundo o psicólogo. Não é de hoje que se sabe que o consumo de álcool não deve ser facultado a crianças e jovens. O psicólogo Dionísio lembra que, 500 anos Antes de Cristo, o filósofo Platão já alertava para os riscos do consumo precoce de bebidas.
O especialista alerta que a mudança de comportamento precisa começar na família, que deve evitar a iniciação ao consumo pelos jovens. De acordo com o psicólogo, falta também fiscalização para que, de fato, os jovens não tenham acesso ao álcool. “Não é difícil fiscalizar. Diversos países, inclusive o nosso vizinho Chile, conseguiram grandes avanços a partir da fiscalização rigorosa”, explica. “O Estado não pode ser omisso como tem sido. O problema não está sendo tratado como deveria. Não há regras rígidas, como horários de veiculação de propagandas”, exemplifica o psicólogo.
Dionísio defende que as propagandas não tenham apelo voltado a questões como virilidade, conquistas sexuais, sensualidade, pois a ligação desses temas é um incentivo subliminar ao consumo. “A ideia do consumo de bebidas é ligada à imagem de sucesso e popularidade, como se os consumidores pudessem se transformar em pessoas mais viris e de maior sucesso a partir do consumo”, critica.
Uma das situações em que os governos deveriam agir de maneira mais firme, segundo o especialista, é em relação ao consumo de bebidas alcoólicas em postos de combustíveis. “Os postos se tornaram pontos de encontro de pessoas que vão ali para beber, inclusive muitos dirigindo automóveis. Mesmo com a lei que proíbe o consumo de bebidas dentro dos postos, a situação continua preocupante. Há placas de alerta falando da proibição, mas, mesmo assim, o consumo rola solto na maioria dos estabelecimentos - inclusive por menores - pois não há fiscalização”, aponta o psicólogo. A lei, segundo Dionísio, deveria responsabilizar os donos dos estabelecimentos, como já acontece na Austrália, por exemplo.
O psicólogo defende o que chama de “choque de gestão” que envolva a sociedade com seus organismos públicos e privados. “Somente com a ampla discussão e análise do tema é poderemos ter resultados a médio e longo prazos. Não adianta o Estado combater apenas as drogas ilícitas e mais letais, sendo que o problema se inicia, via de regra, em rodas sociais e até dentro de casa, quase sempre pelo álcool”, afirma.
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quarta-feira, 14 de setembro de 2011
COMO AS EMPRESAS DEVEM ENFRENTAR O PROBLEMA DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA?
COMO AS EMPRESAS DEVEM ENFRENTAR O PROBLEMA DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA?
Para o enfrentamento, o caminho é a informação. Especialista alerta que os líderes devem encarar com firmeza, compreensão e respeito os casos de dependência
Estimativas em todo o mundo dão conta de que pelo menos 10% das pessoas que estão inseridas no mercado de trabalho enfrentam ou poderão enfrentar problemas com dependência de álcool e outras drogas. No Brasil, os números são ainda mais alarmantes. Apesar de não haver estatísticas oficiais a respeito da questão, estima-se que cerca de 13% dos trabalhadores vivam com o estigma da dependência. Para as empresas, o problema se reflete na queda da produtividade, acidentes de trabalho, rotatividade acentuada e absenteísmo.
De acordo com o psicólogo Dionísio Banaszewski, que trabalha há mais de vinte anos no tratamento de dependentes químicos, pode-se dizer que o problema bate às portas de todas as empresas. “As empresas que não têm diretamente em seus quadros colaboradores dependentes químicos podem ter nos familiares deles. Todos conhecem de perto pessoas que vivem problemas com álcool ou outras drogas”, afirma o psicólogo. E então, como enfrentar esse problema dentro do trabalho?
Segundo o especialista, as empresas devem estar atentas aos sinais emitidos pelos colaboradores, mas sempre com o respaldo de uma visão profissional. “Quando há um profissional destinado a essa função ou uma consultoria especializada, o problema é visto e trabalhado da forma correta”, diz. Ele alerta que ainda há muitos casos de organizações que não atentam para a questão e tentam trabalhar a drogadição de forma apenas entusiástica e heroica. “Palestras ou depoimentos levados em reuniões ou encontros nas empresas são feitos com muito boa vontade, mas é preciso sempre a orientação de um profissional para a abordagem completa da questão”, lembra.
Dionísio argumenta que fazer a correta gestão para a saúde é uma forma de manter a empresa saudável. Muitas vezes é a empresa que deve orientar o colaborador sobre a necessidade de um tratamento. Quando isso ocorre, a organização tem a grande oportunidade de conquistar o real comprometimento do trabalhador. “Quanto mais comprometido com o tratamento, mais envolvido ele também estará com sua atuação profissional”, explica o especialista. “A empresa deve lidar com o problema, mas também com os devidos limites a serem adotados”, destaca Dionísio. “A saúde dá os limites à doença. Somente uma pessoa saudável pode envolver-se adequadamente no trabalho”, conclui.
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Para o enfrentamento, o caminho é a informação. Especialista alerta que os líderes devem encarar com firmeza, compreensão e respeito os casos de dependência
Estimativas em todo o mundo dão conta de que pelo menos 10% das pessoas que estão inseridas no mercado de trabalho enfrentam ou poderão enfrentar problemas com dependência de álcool e outras drogas. No Brasil, os números são ainda mais alarmantes. Apesar de não haver estatísticas oficiais a respeito da questão, estima-se que cerca de 13% dos trabalhadores vivam com o estigma da dependência. Para as empresas, o problema se reflete na queda da produtividade, acidentes de trabalho, rotatividade acentuada e absenteísmo.
De acordo com o psicólogo Dionísio Banaszewski, que trabalha há mais de vinte anos no tratamento de dependentes químicos, pode-se dizer que o problema bate às portas de todas as empresas. “As empresas que não têm diretamente em seus quadros colaboradores dependentes químicos podem ter nos familiares deles. Todos conhecem de perto pessoas que vivem problemas com álcool ou outras drogas”, afirma o psicólogo. E então, como enfrentar esse problema dentro do trabalho?
Segundo o especialista, as empresas devem estar atentas aos sinais emitidos pelos colaboradores, mas sempre com o respaldo de uma visão profissional. “Quando há um profissional destinado a essa função ou uma consultoria especializada, o problema é visto e trabalhado da forma correta”, diz. Ele alerta que ainda há muitos casos de organizações que não atentam para a questão e tentam trabalhar a drogadição de forma apenas entusiástica e heroica. “Palestras ou depoimentos levados em reuniões ou encontros nas empresas são feitos com muito boa vontade, mas é preciso sempre a orientação de um profissional para a abordagem completa da questão”, lembra.
Dionísio argumenta que fazer a correta gestão para a saúde é uma forma de manter a empresa saudável. Muitas vezes é a empresa que deve orientar o colaborador sobre a necessidade de um tratamento. Quando isso ocorre, a organização tem a grande oportunidade de conquistar o real comprometimento do trabalhador. “Quanto mais comprometido com o tratamento, mais envolvido ele também estará com sua atuação profissional”, explica o especialista. “A empresa deve lidar com o problema, mas também com os devidos limites a serem adotados”, destaca Dionísio. “A saúde dá os limites à doença. Somente uma pessoa saudável pode envolver-se adequadamente no trabalho”, conclui.
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EMPRESAS DEVEM ATUAR NA ATENÇÃO E PREVENÇÃO AO CONSUMO DE ÁLCOOL E DROGAS
Sinais da dependência química demoram a aparecer no trabalho, mas empresas que atuam diretamente no problema obtêm excelentes resultados, diz especialista
Alterações no comportamento profissional estão entre os últimos sinais de problemas quando um indivíduo está desenvolvendo dependência de drogas ou de bebidas alcoólicas. Mas, segundo o psicólogo Dionísio Banazsewski, que trabalha há mais de 20 anos no combate à dependência química, quando os sintomas começam a chegar ao trabalho, é porque, quase sempre, o problema já está instalado.
É por isso que os líderes das organizações devem estar atentos aos primeiros sinais de problemas com os colaboradores. O sintoma mais evidente de que a dependência de álcool e outras drogas está se instalando é o absenteísmo – o funcionário começa a faltar ao trabalho. “Num primeiro momento, as faltas são nas sextas-feiras, segundas-feiras, vésperas ou logo após um feriado, e também logo depois de receber os salários. Mas quando o problema se agrava, a pessoa começa a faltar até mesmo no meio da semana, por causa da dependência”, explica Dionísio.
Outro sintoma importante é a distração, que só é percebida quando chega a causar acidentes de trabalho ou queda na produção e na qualidade do serviço. “A perda de atenção é como um ‘devaneio’, que faz com que a pessoa se desligue do que está fazendo. A intoxicação, mesmo depois de passado algum tempo da ingestão de álcool ou outras drogas, provoca perturbação das reações e comportamentos”, diz o psicólogo.
Por outro lado, quando as organizações estão atentas e desenvolvem ações de atenção e prevenção, os índices de sucesso costumam ser altos. “Reconhecer o problema é a melhor forma de tratá-lo e, nas empresas, os resultados são surpreendentes, porque normalmente conseguem maior comprometimento dos envolvidos, que não querem perder seus empregos, porque isso representa sua dignidade”, analisa o especialista. De acordo com Dionísio Banazsewski, os índices de recuperação de um dependente, quando as ações se dão no emprego, chegam a 2/3. “Nos casos tradicionais, a Organização Mundial da Saúde trabalha com índices de recuperação de cerca de apenas 1/3. Portanto, é possível conseguir mais do que o dobro de sucesso quando há o envolvimento da empresa”, afirma.
Para as empresas, reconhecer os problemas das pessoas com álcool e drogas, para poder ajudá-las no tratamento, não é apenas um ato de solidariedade com os funcionários, mas sim uma ação em benefício dela própria. “As empresas perdem com absenteísmo, perdem mais ainda com acidentes de trabalho e, quando chegam a perder as pessoas, precisam investir ainda mais esforços e recursos na contratação e formação de novos talentos”, conclui o psicólogo.
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Alterações no comportamento profissional estão entre os últimos sinais de problemas quando um indivíduo está desenvolvendo dependência de drogas ou de bebidas alcoólicas. Mas, segundo o psicólogo Dionísio Banazsewski, que trabalha há mais de 20 anos no combate à dependência química, quando os sintomas começam a chegar ao trabalho, é porque, quase sempre, o problema já está instalado.
É por isso que os líderes das organizações devem estar atentos aos primeiros sinais de problemas com os colaboradores. O sintoma mais evidente de que a dependência de álcool e outras drogas está se instalando é o absenteísmo – o funcionário começa a faltar ao trabalho. “Num primeiro momento, as faltas são nas sextas-feiras, segundas-feiras, vésperas ou logo após um feriado, e também logo depois de receber os salários. Mas quando o problema se agrava, a pessoa começa a faltar até mesmo no meio da semana, por causa da dependência”, explica Dionísio.
Outro sintoma importante é a distração, que só é percebida quando chega a causar acidentes de trabalho ou queda na produção e na qualidade do serviço. “A perda de atenção é como um ‘devaneio’, que faz com que a pessoa se desligue do que está fazendo. A intoxicação, mesmo depois de passado algum tempo da ingestão de álcool ou outras drogas, provoca perturbação das reações e comportamentos”, diz o psicólogo.
Por outro lado, quando as organizações estão atentas e desenvolvem ações de atenção e prevenção, os índices de sucesso costumam ser altos. “Reconhecer o problema é a melhor forma de tratá-lo e, nas empresas, os resultados são surpreendentes, porque normalmente conseguem maior comprometimento dos envolvidos, que não querem perder seus empregos, porque isso representa sua dignidade”, analisa o especialista. De acordo com Dionísio Banazsewski, os índices de recuperação de um dependente, quando as ações se dão no emprego, chegam a 2/3. “Nos casos tradicionais, a Organização Mundial da Saúde trabalha com índices de recuperação de cerca de apenas 1/3. Portanto, é possível conseguir mais do que o dobro de sucesso quando há o envolvimento da empresa”, afirma.
Para as empresas, reconhecer os problemas das pessoas com álcool e drogas, para poder ajudá-las no tratamento, não é apenas um ato de solidariedade com os funcionários, mas sim uma ação em benefício dela própria. “As empresas perdem com absenteísmo, perdem mais ainda com acidentes de trabalho e, quando chegam a perder as pessoas, precisam investir ainda mais esforços e recursos na contratação e formação de novos talentos”, conclui o psicólogo.
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Empresas devem atuar na atenção e prevenção ao consumo de álcool e drogas
Sinais da dependência química demoram a aparecer no trabalho, mas empresas que atuam diretamente no problema obtêm excelentes resultados, diz especialista
Alterações no comportamento profissional estão entre os últimos sinais de problemas quando um indivíduo está desenvolvendo dependência de drogas ou de bebidas alcoólicas. Mas, segundo o psicólogo Dionísio Banazsewski, que trabalha há mais de 20 anos no combate à dependência química, quando os sintomas começam a chegar ao trabalho, é porque, quase sempre, o problema já está instalado.
É por isso que os líderes das organizações devem estar atentos aos primeiros sinais de problemas com os colaboradores. O sintoma mais evidente de que a dependência de álcool e outras drogasestá se instalando é o absenteísmo – o funcionário começa a faltar ao trabalho. “Num primeiro momento, as faltas são nas sextas-feiras, segundas-feiras, vésperas ou logo após um feriado, e também logo depois de receber os salários. Mas quando o problema se agrava, a pessoa começa a faltar até mesmo no meio da semana, por causa da dependência”, explica Dionísio.
Outro sintoma importante é a distração, que só é percebida quando chega a causar acidentes de trabalho ou queda na produção e na qualidade do serviço. “A perda de atenção é como um ‘devaneio’, que faz com que a pessoa se desligue do que está fazendo. A intoxicação, mesmo depois de passado algum tempo da ingestão de álcool ou outras drogas, provoca perturbação das reações e comportamentos”, diz o psicólogo.
Por outro lado, quando as organizações estão atentas e desenvolvem ações de atenção e prevenção, os índices de sucesso costumam ser altos. “Reconhecer o problema é a melhor forma de tratá-lo e, nas empresas, os resultados são surpreendentes, porque normalmente conseguem maior comprometimento dos envolvidos, que não querem perder seus empregos, porque isso representa sua dignidade”, analisa o especialista. De acordo com Dionísio Banazsewski, os índices de recuperação de um dependente, quando as ações se dão no emprego, chegam a 2/3. “Nos casos tradicionais, a Organização Mundial da Saúde trabalha com índices de recuperação de cerca de apenas 1/3. Portanto, é possível conseguir mais do que o dobro de sucesso quando há o envolvimento da empresa”, afirma.
Para as empresas, reconhecer os problemas das pessoas com álcool e drogas, para poder ajudá-las no tratamento, não é apenas um ato de solidariedade com os funcionários, mas sim uma ação em benefício dela própria. “As empresas perdem com absenteísmo, perdem mais ainda com acidentes de trabalho e, quando chegam a perder as pessoas, precisam investir ainda mais esforços e recursos na contratação e formação de novos talentos”, conclui o psicólogo.
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Alterações no comportamento profissional estão entre os últimos sinais de problemas quando um indivíduo está desenvolvendo dependência de drogas ou de bebidas alcoólicas. Mas, segundo o psicólogo Dionísio Banazsewski, que trabalha há mais de 20 anos no combate à dependência química, quando os sintomas começam a chegar ao trabalho, é porque, quase sempre, o problema já está instalado.
É por isso que os líderes das organizações devem estar atentos aos primeiros sinais de problemas com os colaboradores. O sintoma mais evidente de que a dependência de álcool e outras drogasestá se instalando é o absenteísmo – o funcionário começa a faltar ao trabalho. “Num primeiro momento, as faltas são nas sextas-feiras, segundas-feiras, vésperas ou logo após um feriado, e também logo depois de receber os salários. Mas quando o problema se agrava, a pessoa começa a faltar até mesmo no meio da semana, por causa da dependência”, explica Dionísio.
Outro sintoma importante é a distração, que só é percebida quando chega a causar acidentes de trabalho ou queda na produção e na qualidade do serviço. “A perda de atenção é como um ‘devaneio’, que faz com que a pessoa se desligue do que está fazendo. A intoxicação, mesmo depois de passado algum tempo da ingestão de álcool ou outras drogas, provoca perturbação das reações e comportamentos”, diz o psicólogo.
Por outro lado, quando as organizações estão atentas e desenvolvem ações de atenção e prevenção, os índices de sucesso costumam ser altos. “Reconhecer o problema é a melhor forma de tratá-lo e, nas empresas, os resultados são surpreendentes, porque normalmente conseguem maior comprometimento dos envolvidos, que não querem perder seus empregos, porque isso representa sua dignidade”, analisa o especialista. De acordo com Dionísio Banazsewski, os índices de recuperação de um dependente, quando as ações se dão no emprego, chegam a 2/3. “Nos casos tradicionais, a Organização Mundial da Saúde trabalha com índices de recuperação de cerca de apenas 1/3. Portanto, é possível conseguir mais do que o dobro de sucesso quando há o envolvimento da empresa”, afirma.
Para as empresas, reconhecer os problemas das pessoas com álcool e drogas, para poder ajudá-las no tratamento, não é apenas um ato de solidariedade com os funcionários, mas sim uma ação em benefício dela própria. “As empresas perdem com absenteísmo, perdem mais ainda com acidentes de trabalho e, quando chegam a perder as pessoas, precisam investir ainda mais esforços e recursos na contratação e formação de novos talentos”, conclui o psicólogo.
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terça-feira, 30 de agosto de 2011
Dependente Químico deve ser compreendido, mas não tratado como "coitadinho"
De acordo com especialista, o sucesso do tratamento do dependente químico é proporcional à responsabilização do próprio usuário de drogas.
A auto-piedade, sentimentos de pena e de culpa atrapalham o tratamento de um dependente químico, comprometendo as chances de sucesso nas tentativas de livrá-lo do vício. Segundo o psicólo...go Dionísio Banazsewski, que trabalha a questão há mais de vinte anos, é comum pais e companheiros de dependentes desenvolverem um comportamento nocivo por não fazerem uma “aliança profunda” de comprometimento com o tratamento e acompanhamento do dependente.
Muitas famílias, penalizadas com o dependente, tomam a atitude de interromper o tratamento, acreditando, já nos primeiros sintomas de recuperação, que o usuário está totalmente livre das drogas. “Mas a dependência química é uma doença grave e incurável, porque a recaída é sempre um risco eminente”, alerta o psicólogo.
“Quando uma família tem um dependente químico, precisa entender que ela toda está doente, ela toda precisa de acompanhamento”, afirma o psicólogo. Por isso, muitas vezes é preciso alertar os pais para adotarem uma postura mais firme com os filhos usuários de drogas. Ao natural, a patologia tem como um dos principais sintomas o comportamento manipulador do dependente. “Mas é preciso entender que, enquanto muitos se tornam manipuladores para sustentar o vício (furtando objetos dentro de casa e posando de inocentes para a família, por exemplo), outros muitos têm traços manipuladores no comportamento, não apenas por serem dependentes químicos”, explica o psicólogo. Ou seja, é preciso diferenciar se o dependente tem um distúrbio de personalidade, independente do uso de drogas. Há casos em que a droga vira “desculpa” para o usuário justificar seu comportamento.
O especialista lembra que é importante reconhecer a dependência química como doença, mas a sociedade não pode “jogar tudo numa vala comum” e olhar da mesma forma todos os dependentes e usuários de drogas. “As pessoas não podem simplesmente se penalizar com a situação do usuário ou dependente, mas fazer com que ele também assuma o compromisso e a responsabilidade pela sua cura".
Há muitos casos em que a família, desesperada com a situação do doente, deixa de buscar os recursos mais adequados para o tratamento. “Muitas famílias procuram tratamento em outros países, em clinicas caras em outros estados, mas esquecem que o principal fator de sucesso em um tratamento é desenvolver humildade suficiente para compreender a doença, enfrentando-a. Por isso, muitas vezes oriento até a busca por comunidades terapêuticas ou clínicas locais, que vão fazer com que a pessoa encare a realidade mais de perto”, compara o especialista.
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*Matéria originalmente publicada no Grupo do Facebook "Psicologia na Dependência Química", participe!
A auto-piedade, sentimentos de pena e de culpa atrapalham o tratamento de um dependente químico, comprometendo as chances de sucesso nas tentativas de livrá-lo do vício. Segundo o psicólo...go Dionísio Banazsewski, que trabalha a questão há mais de vinte anos, é comum pais e companheiros de dependentes desenvolverem um comportamento nocivo por não fazerem uma “aliança profunda” de comprometimento com o tratamento e acompanhamento do dependente.
Muitas famílias, penalizadas com o dependente, tomam a atitude de interromper o tratamento, acreditando, já nos primeiros sintomas de recuperação, que o usuário está totalmente livre das drogas. “Mas a dependência química é uma doença grave e incurável, porque a recaída é sempre um risco eminente”, alerta o psicólogo.
“Quando uma família tem um dependente químico, precisa entender que ela toda está doente, ela toda precisa de acompanhamento”, afirma o psicólogo. Por isso, muitas vezes é preciso alertar os pais para adotarem uma postura mais firme com os filhos usuários de drogas. Ao natural, a patologia tem como um dos principais sintomas o comportamento manipulador do dependente. “Mas é preciso entender que, enquanto muitos se tornam manipuladores para sustentar o vício (furtando objetos dentro de casa e posando de inocentes para a família, por exemplo), outros muitos têm traços manipuladores no comportamento, não apenas por serem dependentes químicos”, explica o psicólogo. Ou seja, é preciso diferenciar se o dependente tem um distúrbio de personalidade, independente do uso de drogas. Há casos em que a droga vira “desculpa” para o usuário justificar seu comportamento.
O especialista lembra que é importante reconhecer a dependência química como doença, mas a sociedade não pode “jogar tudo numa vala comum” e olhar da mesma forma todos os dependentes e usuários de drogas. “As pessoas não podem simplesmente se penalizar com a situação do usuário ou dependente, mas fazer com que ele também assuma o compromisso e a responsabilidade pela sua cura".
Há muitos casos em que a família, desesperada com a situação do doente, deixa de buscar os recursos mais adequados para o tratamento. “Muitas famílias procuram tratamento em outros países, em clinicas caras em outros estados, mas esquecem que o principal fator de sucesso em um tratamento é desenvolver humildade suficiente para compreender a doença, enfrentando-a. Por isso, muitas vezes oriento até a busca por comunidades terapêuticas ou clínicas locais, que vão fazer com que a pessoa encare a realidade mais de perto”, compara o especialista.
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Quando é preciso internar o paciente - Dependência Química
DEPENDÊNCIA QUÍMICA - quando é preciso internar o paciente
Especialista alerta que a internação é indicada em casos em que o paciente e seu ambiente não dão conta de lidar com a doença.
A dependência química é uma doença bio-psico-socio-espiritual, que afeta não apenas o usuário de drogas e álcool, mas também sua família e as pessoas que convivem com ele. Este pensamento é o ponto de partida para a compreensão do contexto que envolve a dependência, segundo o psicólogo Dionísio Banaszewski, que trata há mais de vinte anos da questão. Entendendo isso, é possível perceber que, nos casos de intoxicações mais agudas e crônicas, em que o paciente não tem condições de decidir por conta própria e precisa de proteção, a internação é a forma de se garantir esse cuidado.
Para se entender os casos flagrantes de quando o paciente precisa desses cuidados, o psicólogo resgata exemplos que toda a sociedade tem acompanhado. “Veja o caso do jogador Casagrande, que foi internado ‘à força’ pela família e ficou sem contato com os familiares por sete meses, em tratamento. Hoje ele assume publicamente a doença e tem o apoio dos amigos e familiares. A abstinência é uma luta diária para o comentarista esportivo”, conta o especialista. Em contraste, ele lembra a história da cantora Amy Winehouse: “O pai da cantora relata que, quando ela estava internada, ele ficou penalizado, acreditou nas promessas de que ela largaria o álcool e as drogas e não percebeu que tratava-se de manipulação,um sintoma comum na doença dos usuários de drogas”. O resultado de ambos também é de conhecimento público: o jogador permanece na luta, mas a cantora recaiu e não sobreviveu.
De acordo com o psicólogo, o primeiro passo é um bom diagnóstico psicológico, com conhecimento e profundidade, acompanhado de um diagnóstico biológico, para saber até que ponto a doença já atingiu o indivíduo. “Na maioria dos casos, quando surgem os problemas orgânicos e se instala a dependência física, a situação já está caminhando do moderado para o grave”, ressalta.
O psicólogo comenta que a dependência química é um desafio constante para os profissionais das mais diversas áreas que tratam a questão, desde os médicos, psicólogos e outros terapeutas e tratadores. Portanto, há que se ter muita paciência e humildade para poder ajudar na recuperação dos pacientes. “Há muitos profissionais da área que se vestem de arrogância e acham que curam sozinhos seus pacientes. Mas se não houver uma parceria muito solidária entre a família, o paciente e os terapeutas, não haverá sucesso”, conclui o especialista.
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AW COMUNICAÇÃO: www.adrianewerner.com.br – (41) 3082-8882
JORNALISTA ADRIANE WERNER: adriane@adrianewerner.com.br – (41) 8863-0464
*Matéria originalmente publicada no Grupo do Facebook "Psicologia na Dependência Química", participe!
Especialista alerta que a internação é indicada em casos em que o paciente e seu ambiente não dão conta de lidar com a doença.
A dependência química é uma doença bio-psico-socio-espiritual, que afeta não apenas o usuário de drogas e álcool, mas também sua família e as pessoas que convivem com ele. Este pensamento é o ponto de partida para a compreensão do contexto que envolve a dependência, segundo o psicólogo Dionísio Banaszewski, que trata há mais de vinte anos da questão. Entendendo isso, é possível perceber que, nos casos de intoxicações mais agudas e crônicas, em que o paciente não tem condições de decidir por conta própria e precisa de proteção, a internação é a forma de se garantir esse cuidado.
Para se entender os casos flagrantes de quando o paciente precisa desses cuidados, o psicólogo resgata exemplos que toda a sociedade tem acompanhado. “Veja o caso do jogador Casagrande, que foi internado ‘à força’ pela família e ficou sem contato com os familiares por sete meses, em tratamento. Hoje ele assume publicamente a doença e tem o apoio dos amigos e familiares. A abstinência é uma luta diária para o comentarista esportivo”, conta o especialista. Em contraste, ele lembra a história da cantora Amy Winehouse: “O pai da cantora relata que, quando ela estava internada, ele ficou penalizado, acreditou nas promessas de que ela largaria o álcool e as drogas e não percebeu que tratava-se de manipulação,um sintoma comum na doença dos usuários de drogas”. O resultado de ambos também é de conhecimento público: o jogador permanece na luta, mas a cantora recaiu e não sobreviveu.
De acordo com o psicólogo, o primeiro passo é um bom diagnóstico psicológico, com conhecimento e profundidade, acompanhado de um diagnóstico biológico, para saber até que ponto a doença já atingiu o indivíduo. “Na maioria dos casos, quando surgem os problemas orgânicos e se instala a dependência física, a situação já está caminhando do moderado para o grave”, ressalta.
O psicólogo comenta que a dependência química é um desafio constante para os profissionais das mais diversas áreas que tratam a questão, desde os médicos, psicólogos e outros terapeutas e tratadores. Portanto, há que se ter muita paciência e humildade para poder ajudar na recuperação dos pacientes. “Há muitos profissionais da área que se vestem de arrogância e acham que curam sozinhos seus pacientes. Mas se não houver uma parceria muito solidária entre a família, o paciente e os terapeutas, não haverá sucesso”, conclui o especialista.
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Violência e álcool estão intimamente ligados
VIOLÊNCIA E ÁLCOOL ESTÃO INTIMAMENTE LIGADOS, ALERTA ESPECIALISTA
Psicólogo afirma que é importante separar a violência cotidiana da delinquência, mas ambas crescem com o uso das drogas e bebidas alcoólicas
O crescimento dos índices de violência doméstica, assaltos, sequestros e outros casos típicos de centros urbanos, que cada vez mais invadem cidades de todos os portes, chama a atenção não só de a...utoridades da segurança pública, mas também de especialistas em analisar o comportamento humano. O psicólogo Dionísio Banaszewski, que há mais de vinte anos estuda e combate a dependência química, afirma que a violência está intimamente ligada ao uso de drogas, especialmente o álcool, que, segundo ele, é o maior responsável por mortes violentas em todo o país.
O psicólogo percebe, em seus estudos, que o álcool está mais ligado aos casos de violência doméstica e acidentes de trânsito. Já nos casos de violência ligada à delinquência – assaltos, roubos, etc – a ligação é direta com o uso das drogas ilícitas, principalmente o crack. Ele lembra ainda que o uso de drogas “é causa e consequência da violência”. “Causa porque as pessoas buscam as drogas pelas pressões da urbanidade moderna. E consequência porque o consumo leva os cidadãos a cometerem ainda mais atos violentos”, comenta.
A droga é um dos mais visíveis elementos disparadores de toda essa violência, de acordo com o especialista. Um dos principais efeitos das drogas nos organismos é tirar das pessoas o senso de limite. “Ela descortina a censura natural da vida em sociedade. E, sem essa noção de limite, os indivíduos com tendência mais violenta se utilizam dessa descompensação psíquica, dessa sensação de ‘liberdade’, para dar vazão à mais profunda agressividade”, explica o psicólogo.
Uma das ações mais efetivas para reduzir os índices de violência, na visão do psicólogo, é a criação de mecanismos legais para coibir o uso de drogas. Ele cita como exemplo as cidades que adotaram medidas como a proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas e o fechamento, em horários predeterminados, de bares e estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas. “Esses municípios já registraram a redução dos casos de violência, comprovando que o incentivo ao uso de álcool leva também às drogas ilícitas e, obviamente, à violência crescente”, argumenta.
Os resultados só serão efetivos, de acordo com o especialista, se a sociedade e os governos investirem na prevenção. “Os investimentos para o combate às drogas devem ser divididos de forma que 90% dos recursos sejam investidos em prevenção”, defende. Dionísio lembra que as leis brasileiras já são relativamente suficientes para coibir o abuso, mas questiona a falta de fiscalização: “Onde estão as autoridades para fazer valer a lei que já proíbe a venda de álcool para menores de idade, por exemplo?”, provoca.
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Psicólogo afirma que é importante separar a violência cotidiana da delinquência, mas ambas crescem com o uso das drogas e bebidas alcoólicas
O crescimento dos índices de violência doméstica, assaltos, sequestros e outros casos típicos de centros urbanos, que cada vez mais invadem cidades de todos os portes, chama a atenção não só de a...utoridades da segurança pública, mas também de especialistas em analisar o comportamento humano. O psicólogo Dionísio Banaszewski, que há mais de vinte anos estuda e combate a dependência química, afirma que a violência está intimamente ligada ao uso de drogas, especialmente o álcool, que, segundo ele, é o maior responsável por mortes violentas em todo o país.
O psicólogo percebe, em seus estudos, que o álcool está mais ligado aos casos de violência doméstica e acidentes de trânsito. Já nos casos de violência ligada à delinquência – assaltos, roubos, etc – a ligação é direta com o uso das drogas ilícitas, principalmente o crack. Ele lembra ainda que o uso de drogas “é causa e consequência da violência”. “Causa porque as pessoas buscam as drogas pelas pressões da urbanidade moderna. E consequência porque o consumo leva os cidadãos a cometerem ainda mais atos violentos”, comenta.
A droga é um dos mais visíveis elementos disparadores de toda essa violência, de acordo com o especialista. Um dos principais efeitos das drogas nos organismos é tirar das pessoas o senso de limite. “Ela descortina a censura natural da vida em sociedade. E, sem essa noção de limite, os indivíduos com tendência mais violenta se utilizam dessa descompensação psíquica, dessa sensação de ‘liberdade’, para dar vazão à mais profunda agressividade”, explica o psicólogo.
Uma das ações mais efetivas para reduzir os índices de violência, na visão do psicólogo, é a criação de mecanismos legais para coibir o uso de drogas. Ele cita como exemplo as cidades que adotaram medidas como a proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas e o fechamento, em horários predeterminados, de bares e estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas. “Esses municípios já registraram a redução dos casos de violência, comprovando que o incentivo ao uso de álcool leva também às drogas ilícitas e, obviamente, à violência crescente”, argumenta.
Os resultados só serão efetivos, de acordo com o especialista, se a sociedade e os governos investirem na prevenção. “Os investimentos para o combate às drogas devem ser divididos de forma que 90% dos recursos sejam investidos em prevenção”, defende. Dionísio lembra que as leis brasileiras já são relativamente suficientes para coibir o abuso, mas questiona a falta de fiscalização: “Onde estão as autoridades para fazer valer a lei que já proíbe a venda de álcool para menores de idade, por exemplo?”, provoca.
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Por que é tão comum a convivência de artistas com drogas e álcool?
Especialista afirma que o consumo muitas vezes e motivado pela ilusão de que a droga poderá dar sensação de liberdade ou facilitar processo criativo
A morte prematura da cantora Amy Winehouse despertou a curiosidade sobre o fato de tantos artistas se perderem no consumo exagerado de álcool e outras drogas. Os motivos que levam à dro...gadição vão muito além de simplesmente uma facilidade maior de acesso ou a curiosidade por experiências de relaxamento e excitação. Segundo o psicólogo Dionísio Banaszewski, que trabalha há mais de 20 anos no combate ao uso de drogas e álcool, os dependentes químicos são, em geral, pessoas de uma sensibilidade muito grande e que não têm estrutura emocional para lidar com algumas situações da vida. “O consumo de substâncias acaba servindo como suporte para esse enfrentamento”, diz o especialista.
O psicólogo lembra que todos se referem a alcoólatras, por exemplo, dizendo: “Ele é tão bom, pena que bebe!”. A frase, segundo Dionísio, é uma demonstração de que a droga representa, para o dependente, o suporte para enfrentar as realidades da vida.
A negação a qualquer tipo de ajuda é uma das principais características do comportamento do dependente. Na música mais conhecida de Amy Winehouse, “Rehab” (Reabilitação), a artista cita que não precisa de internação, e sim de um amigo que lhe dê a mão. De acordo com Dionísio Banaszewski, nessa fase de intoxicação de um dependente químico, é difícil para ele ter a clareza e a autocritica suficiente para decidir sobre o melhor caminho. Por isso, é recomendável uma atitude firme das pessoas que convivem com o dependente, para ajudá-lo a ter uma percepção clara dos fatos. “Fica claro, na música, que a negação vai além da sua relação com a droga, mas também atinge sua relação consigo mesmo, seus sentimentos... e com sua própria vida”, explica o psicólogo.
A história tem mostrado quantos ídolos se perdem nas mesmas situações de Amy Winehouse, tanto lá fora como aqui mesmo, no Brasil e até no Paraná. Casos como Elvis Presley, Kurt Cobain, Janis Joplin, Raul Seixas, Elis Regina, o paranaense Ivo Rodrigues do grupo Blindagem, são exemplos de sensibilidade extrema que o mundo perdeu em mortes prematuras. Por outro lado, salienta Dionísio, há casos emblemáticos também de artistas e celebridades que acordaram ou foram acordados a tempo de buscar socorro. É o caso do comentarista esportivo Casagrande, o ator Fábio Assunção, e do compositor e cantor Eric Clapton, que chegou a construir uma comunidade terapêutica para tratar de dependentes químicos e escreveu o livro “Eric Clapton – autobiografia”. “Recomendo muito a leitura desse livro, pois o autor relata a realidade da dependência física, conceituando-a a partir de sua própria experiência”, diz o especialista.
É comum que os usuários se neguem a perceber a doença. Nesses casos, é importante que alguém de sua convivência o alerte sobre a importância de tratamento e acompanhamento psicológico. Dionísio Banazsewski lembra ainda que a família também deve buscar orientação e tratamento, muitas vezes antes mesmo da abordagem do próprio usuário de substâncias psicoativas. “Nunca devemos desistir de um dependente químico. Sempre existe uma possibilidade de salvação. Mesmo que ele não se recupere, não vamos pagar pela omissão”, conclui o psicólogo.
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O psicólogo lembra que todos se referem a alcoólatras, por exemplo, dizendo: “Ele é tão bom, pena que bebe!”. A frase, segundo Dionísio, é uma demonstração de que a droga representa, para o dependente, o suporte para enfrentar as realidades da vida.
A negação a qualquer tipo de ajuda é uma das principais características do comportamento do dependente. Na música mais conhecida de Amy Winehouse, “Rehab” (Reabilitação), a artista cita que não precisa de internação, e sim de um amigo que lhe dê a mão. De acordo com Dionísio Banaszewski, nessa fase de intoxicação de um dependente químico, é difícil para ele ter a clareza e a autocritica suficiente para decidir sobre o melhor caminho. Por isso, é recomendável uma atitude firme das pessoas que convivem com o dependente, para ajudá-lo a ter uma percepção clara dos fatos. “Fica claro, na música, que a negação vai além da sua relação com a droga, mas também atinge sua relação consigo mesmo, seus sentimentos... e com sua própria vida”, explica o psicólogo.
A história tem mostrado quantos ídolos se perdem nas mesmas situações de Amy Winehouse, tanto lá fora como aqui mesmo, no Brasil e até no Paraná. Casos como Elvis Presley, Kurt Cobain, Janis Joplin, Raul Seixas, Elis Regina, o paranaense Ivo Rodrigues do grupo Blindagem, são exemplos de sensibilidade extrema que o mundo perdeu em mortes prematuras. Por outro lado, salienta Dionísio, há casos emblemáticos também de artistas e celebridades que acordaram ou foram acordados a tempo de buscar socorro. É o caso do comentarista esportivo Casagrande, o ator Fábio Assunção, e do compositor e cantor Eric Clapton, que chegou a construir uma comunidade terapêutica para tratar de dependentes químicos e escreveu o livro “Eric Clapton – autobiografia”. “Recomendo muito a leitura desse livro, pois o autor relata a realidade da dependência física, conceituando-a a partir de sua própria experiência”, diz o especialista.
É comum que os usuários se neguem a perceber a doença. Nesses casos, é importante que alguém de sua convivência o alerte sobre a importância de tratamento e acompanhamento psicológico. Dionísio Banazsewski lembra ainda que a família também deve buscar orientação e tratamento, muitas vezes antes mesmo da abordagem do próprio usuário de substâncias psicoativas. “Nunca devemos desistir de um dependente químico. Sempre existe uma possibilidade de salvação. Mesmo que ele não se recupere, não vamos pagar pela omissão”, conclui o psicólogo.
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